Les bloqueurs de pubs mettent en péril la gratuité de ce site.
Autorisez les pubs sur Techno-Science.net pour nous soutenir.
▶ Poursuivre quand même la lecture ◀
98% dos microplásticos na água potável escapam à detecção sanitária 💧
Publicado por Adrien, Fonte: CNRS INEE Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Um estudo realizado por pesquisadores do CNRS e da Universidade de Toulouse revela que a maioria dos microplásticos presentes na água potável escapa às detecções atuais devido ao seu pequeno tamanho (< 20 µm).
Utilizando uma abordagem inovadora baseada na microespectroscopia Raman, os cientistas pedem a revisão das normas europeias para incluir essa fração, que representa um risco maior de integração no corpo humano. Publicada na revista Plos Water, esta pesquisa destaca a importância de uma melhor regulamentação dos microplásticos na água potável.
Os microplásticos (MP), esses fragmentos plásticos invisíveis a olho nu, estão omnipresentes no nosso ambiente e também são encontrados na água potável, seja engarrafada ou da torneira.
Um novo estudo, liderado pelo Centro de Pesquisa sobre Biodiversidade e Meio Ambiente (CRBE, CNRS/UT3/IRD/Toulouse INP) e pelo laboratório Geociências Ambientais Toulouse (GET, CNRS/IRD/UT3/CNES), revela que 98% dos microplásticos presentes na água potável medem menos de 20 µm. No entanto, esse tamanho crítico não está incluído na metodologia de detecção da diretiva europeia 2020/2184, o que poderia subestimar consideravelmente sua presença e seus riscos à saúde.
Ao analisar dez marcas de água engarrafada e uma amostra de água da torneira em Toulouse, os pesquisadores detectaram concentrações de 19 a 1.154 microplásticos por litro. Foram identificados 17 tipos de polímeros, sendo os mais comuns o polietileno (PE), o polipropileno (PP) e o poliamida 6 (PA6), sugerindo a introdução de microplásticos ao longo de toda a produção, ou mesmo durante a captação.
O polietileno tereftalato (PET), utilizado para as garrafas, estava presente apenas em 7 marcas de 10, e muitas vezes em baixa proporção, mostrando que as garrafas não são uma fonte maior de contaminação.
As implicações para a saúde humana são significativas: esses microplásticos de pequeno tamanho podem atravessar a barreira intestinal e atingir o sistema circulatório e os órgãos. Este estudo propõe uma metodologia robusta para sua detecção a partir de 1 µm, baseada na microespectroscopia Raman, e pede a inclusão dessa fração fina nas regulamentações europeias.
Distribuição cumulativa dos tamanhos dos microplásticos detectados na água potável: 98% medem menos de 20 µm.
Este trabalho abre caminho para uma melhor compreensão e gestão dos poluentes plásticos nos recursos hídricos, ao mesmo tempo que propõe um método aplicável a diversos tipos de água potável. Financiada pelo programa 80Prime do CNRS, esta pesquisa enfatiza a urgência de integrar esses dados nos quadros regulatórios internacionais.