O sarampo, uma doença que se acreditava estar controlada, está fazendo um retorno preocupante nos Estados Unidos. Os especialistas alertam para os graves riscos para crianças não vacinadas.
Os pediatras soam o alarme diante do ressurgimento do sarampo, uma doença extremamente contagiosa. Em um artigo publicado na
Pediatrics, eles destacam a importância crucial da vacina tríplice viral (MMR) para prevenir essa infecção. As complicações podem ser graves, especialmente em crianças mais novas.
Em 2024, 40% dos casos de sarampo nos Estados Unidos necessitaram de hospitalização. Crianças menores de 5 anos são particularmente vulneráveis, representando mais da metade das internações. A doença pode levar a complicações graves, como pneumonia ou encefalite.
O vírus do sarampo é transmitido por gotículas respiratórias e pode permanecer no ar por até duas horas. Uma pessoa infectada pode contaminar até 90% dos não vacinados ao seu redor. A vacinação continua sendo a melhor proteção contra essa disseminação.
As complicações neurológicas, embora raras, são particularmente temíveis. A encefalite afeta aproximadamente um caso em mil, com possíveis sequelas. A panencefalite esclerosante subaguda, uma complicação fatal, ocorre em um caso a cada 100 mil, principalmente em bebês.
Os autores do artigo na
Pediatrics enfatizam a segurança e a eficácia da vacina MMR. Eles pedem que os pais consultem imediatamente um médico em caso de exposição ou sintomas, sem tentar automedicação.
A mortalidade por sarampo é estimada em um a três óbitos por mil infecções nos Estados Unidos. Crianças menores de 5 anos correm maior risco. A vacinação em massa continua sendo a chave para evitar essas tragédias.
Diante desse ressurgimento, os pediatras destacam a urgência de verificar o status vacinal das crianças. A vacina MMR, administrada em duas doses, oferece proteção ideal contra essa doença com consequências potencialmente devastadoras.
Como funciona a vacina MMR?
A vacina MMR protege contra sarampo, caxumba e rubéola ao estimular o sistema imunológico. Ela contém vírus vivos atenuados que não podem causar a doença.
Após a vacinação, o organismo produz anticorpos específicos contra esses três vírus. Em caso de exposição futura, esses anticorpos neutralizam rapidamente os patógenos antes que causem infecção.
A eficácia da vacina é muito alta: duas doses oferecem proteção de aproximadamente 97% contra o sarampo. Essa imunidade geralmente dura a vida toda.
Os efeitos colaterais são geralmente leves (febre baixa, erupção cutânea passageira). Os benefícios da vacina superam amplamente seus riscos, como confirmam décadas de uso em larga escala.