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A desativação desta proteína aumentaria nossa longevidade saudável em 25%
Publicado por Cédric, Autor do artigo: Cédric DEPOND Fonte:Nature Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Pesquisas recentes realizadas por uma equipe internacional de cientistas revelaram que uma proteína, a interleucina-11 (IL-11), desempenha um papel importante no envelhecimento. Ao inibir esta proteína em camundongos, conseguiram prolongar sua longevidade enquanto melhoravam seu estado geral de saúde. Esta descoberta pode abrir caminho para novas terapias no tratamento de doenças relacionadas à idade em humanos.
Imagem de ilustração Pixabay
Os pesquisadores, do Medical Research Council Laboratory of Medical Science, do Imperial College de Londres e da Duke-NUS Medical School de Singapura, conduziram duas experiências para avaliar o impacto da IL-11 no envelhecimento. Na primeira, modificaram geneticamente camundongos para eliminar o gene responsável pela produção dessa proteína. Na segunda, injetaram um anticorpo anti-IL-11 em camundongos com 75 semanas de idade, uma idade equivalente a 55 anos em humanos. Os resultados desses estudos, publicados na Nature, mostram um aumento significativo na longevidade dos camundongos tratados, alcançando uma média de 155 semanas, contra 120 semanas para os camundongos não tratados.
A inibição da IL-11 permitiu reduzir os sinais clássicos de envelhecimento nos camundongos, incluindo o acúmulo de gordura branca, a perda muscular e o desenvolvimento de doenças crônicas como câncer e fibrose. O metabolismo dos camundongos também foi melhorado, com uma produção aumentada de gordura marrom, conhecida por queimar calorias e manter uma temperatura corporal estável. De acordo com o professor Stuart Cook, que liderou o estudo, os camundongos tratados estavam mais saudáveis e apresentavam menos sinais de fragilidade do que os não tratados.
A proteína IL-11, anteriormente mal compreendida, foi por muito tempo considerada anti-inflamatória. No entanto, em 2018, o professor Cook e sua equipe demonstraram que ela é na verdade profibrótica e pró-inflamatória, contribuindo assim para o desenvolvimento de diversas doenças relacionadas à idade. Este novo estudo reforça a ideia de que a IL-11 pode ser um elemento-chave no processo de envelhecimento e que sua inibição pode oferecer uma via promissora para retardar as doenças associadas ao envelhecimento.
Embora os resultados sejam, por enquanto, limitados a camundongos, os pesquisadores estão otimistas quanto à aplicação dessas descobertas em humanos. Ensaios clínicos estão em andamento para testar tratamentos anti-IL-11 no contexto de doenças específicas, como a fibrose pulmonar, com resultados preliminares encorajadores. Esta pesquisa pode assim marcar um ponto de virada na luta contra o envelhecimento e as doenças associadas.