Uma equipe de pesquisadores britânicos, dedicada há oito anos à exploração minuciosa de duas enormes mandíbulas fossilizadas, revela hoje a identidade desses vestígios: o Ichthyotitan severnensis. Medindo até 25 metros de comprimento, essa espécie se eleva ao topo da hierarquia dos répteis marinhos, ultrapassando até mesmo o tamanho imponente da baleia azul contemporânea.
As mandíbulas, descobertas separadamente por colecionadores de fósseis, foram reconstituídas peça por peça. Os pesquisadores, liderados pelo paleontólogo Dean R. Lomax da Universidade de Bristol, perceberam a magnitude de sua descoberta ao montar esses ossos gigantes, chamados de surangulares. A comparação com outros espécimes confirma a envergadura excepcional do Ichthyotitan severnensis.
A história dessa descoberta é contada ao longo dos anos, com os fragmentos fossilizados coletados nas costas de Somerset, revelando gradualmente o incrível tamanho dessas criaturas antigas. Embora os pesquisadores estimem o comprimento a partir dos únicos fragmentos disponíveis, a análise sugere que o animal ainda estava em fase de crescimento quando morreu, indicando a possibilidade de dimensões ainda mais impressionantes.
Apesar de sua dominação nos oceanos triássicos, os ictiossauros gigantes conheceram um fim abrupto durante a extinção do Triássico-Jurássico, há cerca de 200 milhões de anos. Essa descoberta lança luz sobre a evolução e a diversidade das criaturas marinhas pré-históricas, oferecendo um vislumbre fascinante da vida submarina durante esse período tumultuado na história da Terra. Os detalhes dessa descoberta revolucionária são publicados em PLOS One.