Esses novos antimicrobianos naturais para combater a resistência aos antibióticos

Publicado por Redbran,
Fonte: CEA IRIG
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Diante da resistência aos antibióticos, pesquisadores do Irig estão estudando novas moléculas naturais, como as Ruminococinas C, que apresentam grande estabilidade em condições fisiológicas, eficácia em doses muito baixas e baixa toxicidade.

A OMS anuncia que a antibioresistência pode causar 10 milhões de mortes por ano até 2050. Por isso, os cientistas estão direcionando suas pesquisas para novas moléculas naturais com estruturas e modos de ação distintos dos antibióticos convencionais.

As bacteriocinas, ou peptídeos antimicrobianos produzidos por bactérias, representam uma alternativa muito promissora. Assim, as bactérias provenientes do microbiota intestinal humano constituem um vasto campo de investigação ainda pouco explorado.


As Ruminococinas C apresentam atividade antibacteriana eficaz, exceto a RumC2, possivelmente devido à natureza dos resíduos (em azul).

Pesquisadores do Irig, em colaboração com o Instituto de Ciências Moleculares de Marselha e o Laboratório de Microbiologia Genética e Molecular de Toulouse, estão interessados na Ruminococcus gnavus E1, uma bactéria simbiótica do nosso sistema digestivo que produz vários peptídeos antimicrobianos, incluindo as Ruminococinas C.

Esses peptídeos, expressos em 5 isoformas (RumC1-5), são muito eficazes contra patógenos resistentes e multi-resistentes aos antibióticos convencionais. Apresentam diferentes espectros de atividade sem efeito de sinergia entre as diferentes isoformas. Além disso, sendo pouco tóxicas, as Ruminococinas C possuem outras propriedades benéficas para a saúde, especialmente anti-inflamatórias.

As Ruminococinas C possuem propriedades que muitas vezes faltam em outros peptídeos antimicrobianos, como grande resistência a condições fisiológicas, eficácia em doses muito baixas e baixa toxicidade. Trabalhos em andamento permitirão elucidar o mecanismo de ação e identificar o(s) alvo(s) celular(es) dessas moléculas.

Com o apoio financeiro da ANR RUMBA (2016-2020), ANR RUMisBAC (2021-2025), CFR CEA (2016-2019/2020-2023).

Referências:
Shamseddine L, Roblin C, Veyrier I, Basset C, De Macedo L, Boyeldieu A, Maresca M, Nicoletti C, Brasseur G, Kieffer-Jaquinod S, Courvoisier-Dezord E, Amouric A, Carpentier P, Campo N, Bergé M, Polard P, Perrier J, Duarte V e Lafond M.
Aspectos mecânicos e funcionais das isoformas de sactipeptídeo Ruminococcina C.
iScience 2023.
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