Este asteroide gigante pode ser um pedaço de um planeta 🪐

Publicado por Adrien,
Fonte: Nature Astronomy
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As últimas descobertas sobre Vesta estão questionando sua classificação tradicional. Este asteroide gigante pode muito bem ser um vestígio de um planeta em formação, em vez de um mini-planeta.

Os cientistas há muito acreditavam que Vesta, um dos maiores objetos do cinturão de asteroides, possuía uma estrutura interna semelhante à de um planeta. No entanto, dados recentes publicados na Nature Astronomy sugerem uma realidade bem diferente. A ausência de um núcleo distinto levanta novas questões sobre sua origem.


Vesta, fotografado pela missão Dawn da NASA.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCAL/MPS/DLR/IDA

Duas hipóteses principais surgem para explicar a estrutura uniforme de Vesta. A primeira considera uma diferenciação planetária incompleta, enquanto a segunda propõe que Vesta seja um fragmento ejetado durante a formação de um planeta. Essas teorias abrem caminhos inéditos para entender a história do Sistema Solar.

A missão Dawn da NASA desempenhou um papel crucial nessas descobertas. Em órbita ao redor de Vesta entre 2011 e 2012, a sonda coletou dados precisos sobre sua gravidade e topografia. Essas informações revelaram a ausência de um núcleo metálico, ao contrário do que os modelos previam.

A ideia de que Vesta possa ser um pedaço de um planeta em formação é particularmente intrigante. Ela sugere que o cinturão de asteroides pode abrigar outros fragmentos semelhantes. Essa perspectiva muda radicalmente nossa compreensão da formação planetária.

As implicações dessas descobertas vão além do caso de Vesta. Elas poderiam esclarecer os processos que levaram à formação da Terra e de outros planetas rochosos. Os cientistas esperam que futuras missões espaciais permitam coletar mais dados para refinar esses modelos.

Este estudo marca um ponto de virada no estudo de asteroides e da formação planetária. Ele mostra que mesmo os objetos mais estudados do Sistema Solar ainda podem reservar surpresas. Os próximos anos prometem ser ricos em descobertas sobre esse assunto.

O que é diferenciação planetária?


A diferenciação planetária é um processo chave na formação dos planetas. Ela ocorre quando os materiais que compõem um corpo celeste se separam em camadas distintas sob o efeito do calor e da gravidade.

Esse fenômeno explica por que planetas como a Terra têm um núcleo metálico, um manto rochoso e uma crosta. O calor gerado por impactos e pela desintegração radioativa derrete os materiais, permitindo que os elementos mais densos afundem em direção ao centro.

No caso de Vesta, a ausência de um núcleo distinto sugere que esse processo não foi concluído. Isso pode ser devido a um resfriamento muito rápido ou a calor insuficiente para permitir uma separação completa dos materiais.

Entender a diferenciação planetária é essencial para traçar a história do Sistema Solar. Ela permite saber como os planetas se formaram e por que apresentam estruturas internas tão variadas.

Como as missões espaciais estudam os asteroides?


Missões espaciais como a Dawn usam uma combinação de técnicas para estudar asteroides. A medição da gravidade e a imagem de alta resolução estão entre as ferramentas mais importantes.

Ao analisar as variações do campo gravitacional, os cientistas podem deduzir a distribuição de massa dentro do asteroide. Isso revela informações sobre sua estrutura interna, como a presença ou ausência de um núcleo.

As imagens da superfície permitem estudar a geologia do asteroide. As crateras, falésias e outras formações geológicas contam a história dos impactos e dos processos internos que moldaram o objeto.

Esses dados são complementados por análises espectroscópicas para determinar a composição química. Juntas, essas técnicas fornecem uma visão abrangente do asteroide, da superfície ao núcleo.
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