Físicos criaram o primeiro cristal temporal manipulável

Publicado por Adrien,
Fonte: Nature Physics
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O Universo é um palco de fenômenos fascinantes, onde a matéria e a energia obedecem a leis que muitas vezes superam a nossa imaginação.

Um avanço notável acaba de ser alcançado por uma equipe da Universidade de Dortmund, na Alemanha. Estes pesquisadores criaram um cristal temporal com uma durabilidade sem precedentes, ultrapassando em muito os recordes das experiências anteriores. Esta descoberta fornece uma prova concreta de uma teoria proposta há uma década pelo laureado com o Prêmio Nobel, Frank Wilczek, que desde então tem cativado a imaginação popular através do cinema.


Os cristais são conhecidos por seu arranjo periódico de átomos no espaço, resultando em sua beleza e estrutura única. Paralelamente, a noção de cristal temporal introduz uma dimensão temporal a essa periodicidade. Wilczek sugeriu que uma propriedade física poderia começar a variar periodicamente no tempo sem qualquer influência externa. Até recentemente, a existência desses cristais temporais era um assunto de intenso debate científico.

As primeiras manifestações de cristais temporais, observadas a partir de 2017, necessitavam de uma excitação periódica externa. Em contraste, o cristal temporal criado pela equipe de Dortmund, sob a liderança do Dr. Alex Greilich, funciona de maneira diferente. Usando um cristal de arsenieto de índio e gálio, eles descobriram que a polarização dos spins nucleares poderia espontaneamente gerar oscilações, realizando assim a ideia de um cristal temporal com uma excitação temporal constante.

Seu cristal tem uma duração de pelo menos 40 minutos, ou seja, dez milhões de vezes mais longa que a dos cristais temporais anteriormente demonstrados. Esta longevidade oferece uma nova perspectiva sobre os estados da matéria e seu comportamento ao longo de períodos prolongados.

Os pesquisadores também exploraram a possibilidade de alterar o período do cristal ajustando as condições experimentais. Eles descobriram que certas modificações podem levar à "fusão" do cristal, ou seja, à perda de sua periodicidade, revelando assim um comportamento caótico que pode persistir por muito tempo.

Este estudo foi publicado em Nature Physics.
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