Google, Meta, Amazon... estarão realmente escutando nossas conversas? Uma revelação intrigante

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND  
Fonte: 404 Media
Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Nossas conversas podem não ser tão privadas quanto pensávamos. Uma tecnologia recentemente revelada pode confirmar nossos piores temores. O que se esconde por trás desta nova ferramenta de escuta ativa? E quem é realmente responsável por ela?

O Cox Media Group, um conglomerado de mídia americano, desenvolveu uma tecnologia capaz de escutar nossas conversas por meio dos microfones de nossos dispositivos conectados. Esta tecnologia, chamada de "Escuta Ativa" (Active Listening), utiliza inteligência artificial para direcionar anúncios de maneira ultra precisa.


Na prática, o sistema captura em tempo real palavras-chave trocadas em conversas cotidianas. Essas informações são então analisadas e cruzadas com nossos comportamentos online para criar perfis detalhados de consumidores. Assim, uma simples conversa sobre um produto pode desencadear uma avalanche de anúncios direcionados.

A publicação 404 Media revelou a existência desse software após obter documentos internos do Cox Media Group. Segundo esses documentos, o programa teria sido apresentado a várias grandes empresas, incluindo alguns gigantes da tecnologia. No entanto, estas empresas negam qualquer envolvimento direto.

Gigantes como Google, Meta e Amazon, citados entre os parceiros potenciais deste projeto, reagiram rapidamente. O Google suspendeu sua parceria com o Cox Media Group, e a Amazon negou qualquer vínculo com essa tecnologia de escuta. A Meta, por sua vez, minimizou suas relações com o Cox Media.

A legalidade dessa tecnologia é o centro de muitas questões. Nos Estados Unidos, a gravação de conversas geralmente exige consentimento explícito, e contornar essa regra pode constituir uma violação das leis de proteção à privacidade. O Cox Media Group, por outro lado, baseia-se nos termos de uso dos dispositivos, frequentemente aceitos sem leitura pelos usuários.

Para evitar esse tipo de vigilância, é recomendável verificar regularmente as permissões dos aplicativos, desativar as funcionalidades vocais não utilizadas e ler atentamente os termos de uso. A questão é de grande importância, pois este caso ilumina os limites tênues entre a inovação tecnológica e o respeito aos direitos individuais.

As revelações sobre a "Escuta Ativa" continuam a gerar dúvidas sobre o equilíbrio entre progresso e proteção à privacidade. Qual será o futuro de nossas conversas na era digital? Os debates prometem ser intensos.

Como funciona a publicidade direcionada por meio de dispositivos conectados?


Tecnologias como a "Escuta Ativa" utilizam os microfones embutidos em dispositivos conectados (smartphones, alto-falantes inteligentes, controles remotos de televisores...) para capturar conversas. Essas gravações são analisadas por algoritmos de inteligência artificial, que extraem palavras-chave para direcionar anúncios baseados nos interesses e comportamentos dos usuários.

Os dados capturados são cruzados com outras informações, como o histórico de navegação, pesquisas online e compras anteriores. Isso permite a criação de um perfil de usuário preciso, identificando, em particular, intenções de compra. Os anunciantes podem, assim, veicular anúncios ultra-direcionados em diversos canais, como redes sociais, sites ou aplicativos móveis.
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