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Ouro, cobre... por que esses metais preciosos são encontrados em zonas de subducção? 🌋
Publicado por Adrien, Fonte: CNRS INSU Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
As zonas de subducção são os locais de troca de matéria entre a crosta e o manto mais importantes da Terra. São também os lugares onde se encontram os maiores depósitos de metais estratégicos, como cobre, molibdênio e até ouro, que se formam na crosta superior a alguns quilômetros de profundidade. Mas como eles se formam e por que estão lá?
Supõe-se que a água, os metais e os compostos voláteis (SO2, SO3, CO2) são liberados pela desidratação da placa oceânica subductada em grandes profundidades (entre 80 e 120 km), infiltrando-se depois no manto adjacente (ver Figura). No entanto, os mecanismos de transferência dos metais permanecem enigmáticos. Atravessar um manto com um fluido portador de metais e enxofre não é algo simples, pois, no primeiro contato, a reação dos minerais ricos em Fe(II) do manto com o fluido deveria reduzir todo esse enxofre a sulfeto S(-II) e precipitar sulfeto de ferro (FeS) – a fase conhecida por concentrar ouro.
Um consórcio internacional de pesquisadores de 5 países (China, Austrália, Estados Unidos, Suíça e França), envolvendo um laboratório do CNRS Terre & Univers (ver quadro), desenvolveu um modelo termodinâmico que explica, pela primeira vez de forma quantitativa, esse fenômeno de transferência, considerando o íon trissulfeto, [S3•]-, uma forma de enxofre recentemente descoberta em fluidos, mas negligenciada nos cenários existentes. O novo modelo demonstra que [S3•]- é o agente responsável pelo enriquecimento de ouro no fluido durante sua reação com o manto, formando um complexo altamente solúvel, [Au(HS)S3]-.
Esse complexo concentra até 1000 vezes mais ouro no fluido em comparação com sua abundância média no manto, conseguindo assim neutralizar a ação das fases de sulfetos de ferro que tentam sequestrar o ouro. Esse enriquecimento de ouro no fluido é a condição necessária para gerar uma fonte de ouro no manto das zonas de subducção, permitindo a transferência posterior do metal por fluidos e magmas para a crosta superior, formando depósitos economicamente viáveis (ver Figura).
O modelo desenvolvido neste estudo permite compreender e prever melhor as concentrações econômicas de metais estratégicos em nosso planeta.