Por que tantos nomes de drogas terminam em "ina" ou "is" ? ☠️

Publicado por Adrien,

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Muitos medicamentos e drogas apresentam nomes que terminam em "ina" ou "is". Na realidade, essa observação baseia-se em convenções de nomenclatura na química e na farmacologia, ligadas às propriedades químicas e às classificações dos compostos. Explicações.


Os nomes dos medicamentos são regidos por convenções estabelecidas para facilitar a compreensão dos profissionais de saúde. Por exemplo, o sufixo "ina" é frequentemente encontrado em moléculas pertencentes a certas classes farmacológicas, especialmente alcaloides, estimulantes e analgésicos.

Alguns exemplos bem conhecidos incluem morfina, cafeína e codeína. Essas substâncias têm em comum o fato de serem alcaloides, compostos naturais muitas vezes extraídos de plantas, e o sufixo permite identificá-las facilmente dentro dessa família. Em geral, os alcaloides são substâncias à base de nitrogênio, o que também explica a recorrência desse sufixo em seus nomes.

As drogas que estimulam o sistema nervoso central, como cocaína ou anfetamina, também possuem o sufixo "ina". Isso reflete sua pertença a uma mesma categoria química ou farmacológica, oferecendo efeitos similares no organismo. Essas moléculas frequentemente compartilham estruturas químicas análogas, o que justifica o uso de um sufixo comum.

O sufixo "is", por outro lado, é menos frequente no mundo das drogas ou medicamentos. No entanto, aparece em algumas drogas bem conhecidas, como o cannabis, que muitas vezes é classificado entre as substâncias psicoativas. Outros exemplos incluem o ácido lisérgico (LSD), às vezes chamado de "lisérgis". Quando aparece, costuma estar relacionado a termos científicos referentes a processos ou estados patológicos, em vez de moléculas farmacológicas. Por exemplo, termos como "cystitis" (cistite) ou "hepatitis" (hepatite) descrevem inflamações em vez de compostos químicos.

Na farmacologia, os sufixos são frequentemente escolhidos para indicar uma classe ou um efeito terapêutico. Por exemplo, muitos anti-histamínicos terminam em "ina" (como a difenidramina) para indicar seu efeito contra a histamina, uma molécula envolvida em reações alérgicas. Isso permite que os profissionais de saúde identifiquem rapidamente medicamentos com efeitos semelhantes e facilitem a prescrição.

Assim, os sufixos como "ina" nos nomes das drogas não são escolhidos ao acaso. Eles seguem uma lógica química e farmacológica que ajuda a compreender melhor sua natureza e seus efeitos. Para o público em geral, isso pode parecer um simples acaso ou uma tendência linguística, mas para os especialistas, esses sufixos são indicadores essenciais sobre a composição e os efeitos dos medicamentos.

Essas convenções de nomenclatura visam harmonizar e tornar mais compreensível a classificação de medicamentos, especialmente em um contexto global onde os profissionais precisam, às vezes, trabalhar com nomes pouco familiares.
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