🤒 Primeiro caso de gripe aviária H5N5 detectado em humano

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Departamento de Saúde do Estado de Washington
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O surgimento de um novo subtipo viral no ser humano representa sempre um evento importante para a vigilância epidemiológica mundial. No estado de Washington, a confirmação de uma infecção pelo vírus H5N5 num paciente hospitalizado constitui uma etapa sem precedentes. Esta estirpe, até agora principalmente observada no reino animal, ultrapassou a barreira das espécies, atraindo a atenção dos investigadores sobre as suas possíveis implicações. O exame concentra-se agora nas propriedades deste agente patogénico e nas condições reais da sua transmissão.

Esta situação insere-se num período de circulação intensa da gripe aviária. Desde há vários anos, diferentes estirpes são alvo de um acompanhamento reforçado devido às suas consequências na fauna e nas explorações avícolas. A descoberta deste caso humano, embora isolado por enquanto, realça a utilidade dos dispositivos de vigilância sanitária. Incentiva a um exame aprofundado das relações entre as atividades humanas, a fauna selvagem e o surgimento de doenças infecciosas.



O primeiro caso humano de H5N5


A pessoa afetada por esta infeção é um residente idoso do condado de Grays Harbor, apresentando antecedentes médicos sérios. O seu estado exigiu uma hospitalização no início de novembro, onde os testes médicos identificaram primeiro um vírus do tipo H5. As análises genéticas aprofundadas realizadas pelas autoridades sanitárias conduziram depois à caracterização do subtipo H5N5, uma ocorrência nunca documentada no ser humano. O paciente tinha em casa várias aves domésticas, formando um cenário de exposição considerado o mais provável.

A investigação epidemiológica conduzida pelo departamento de Saúde do estado de Washington tenta reconstituir o percurso de transmissão preciso. As aves domésticas do paciente tinham sido expostas a aves selvagens, que representam o reservatório natural destes vírus. Embora esta pista seja privilegiada, as pesquisas continuam para excluir qualquer outra origem e compreender as condições exatas que permitiram esta passagem entre espécies. Esta abordagem é indispensável para avaliar as ameaças de transmissões subsequentes análogas.

O anúncio oficial deste caso ocorreu a 14 de novembro, de acordo com os protocolos habituais de declaração de doenças infecciosas emergentes. As autoridades sanitárias, nomeadamente os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), indicam que o nível de ameaça para a população em geral é atualmente considerado moderado. Nenhum outro caso associado a este subtipo foi relatado nesta fase, e nenhuma propagação entre humanos foi observada, o que representa um fator encorajador na apreciação da situação.

Um vírus no ecossistema gripal


O vírus H5N5 pertence à vasta família das gripes do tipo A, definidas pelas suas duas proteínas de superfície: a hemaglutinina (H) e a neuraminidase (N). A sua proximidade com o subtipo H5N1, já bem identificado e na origem da maioria das infeções humanas recentes, é manifesta. Eles possuem a mesma proteína H5, que condiciona amplamente a sua aptidão para infetar as células. A distinção situa-se ao nível da proteína N5, cujo impacto particular no comportamento viral ainda não é totalmente compreendido pelos cientistas.

Segundo as observações iniciais comunicadas por especialistas como Richard Webby do hospital St. Jude, citado pela Associated Press, o H5N5 parece apresentar características muito próximas às do H5N1. Os sintomas observados no paciente – incluindo febre alta e desconforto respiratório – são análogos aos causados por outras gripes aviárias graves. Esta semelhança indica que os protocolos de cuidados médicos e as medidas de prevenção já estabelecidos mantêm a sua utilidade face a este novo agente patogénico.

A circulação persistente destes vírus dentro das populações animais permite aos agentes patogénicos trocar e combinar o seu material genético. Como indica a Organização Mundial de Saúde Animal, esta diversidade genética pode levar ao surgimento de novas variantes. A identificação do H5N5 no ser humano serve assim de sinal quanto à capacidade de adaptação permanente deste tipo de vírus. Justifica a manutenção de uma observação rigorosa dentro dos reservatórios animais para prever eventuais modificações na sua aptidão para se transmitir.
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