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Os rajadas rápidas de rádio finalmente revelam sua origem cósmica 📡
Publicado por Adrien, Fonte:Nature Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Os rajadas rápidas de rádio, esses sinais vindos do espaço, podem finalmente revelar sua origem. Uma equipe internacional identificou pistas-chave.
O estudo liderado pela Universidade McGill, publicado na Nature, analisou a polarização de uma rajada rápida de rádio (FRB). Os pesquisadores observaram variações angulares rápidas, típicas de pulsares, sugerindo uma origem próxima a uma estrela de nêutrons. Essa descoberta questiona os modelos teóricos atuais sobre FRBs.
Imagem ESO
Os FRBs liberam em alguns milissegundos o equivalente à energia solar de um dia. O telescópio CHIME permitiu detectar esse sinal particular entre milhares de outros. Esse avanço abre novas perspectivas para entender esses fenômenos cósmicos extremos.
A polarimetria desempenhou um papel crucial nessa descoberta. As ondas de rádio do FRB estavam fortemente polarizadas, oscilando em uma direção precisa. Essa característica, combinada com a distância da fonte, confirma a hipótese de uma origem extragaláctica.
Um estudo complementar do MIT, também publicado na Nature, observou um 'cintilação' no sinal. Esse fenômeno indica uma fonte de tamanho reduzido, compatível com o ambiente magnético intenso de uma estrela de nêutrons. Os dois estudos convergem para uma explicação comum.
Os pesquisadores destacam a importância do telescópio CHIME nessa descoberta. Sua capacidade de detectar milhares de FRBs diariamente permite identificar sinais únicos. Esses resultados marcam um passo significativo na compreensão dos FRBs.
As próximas etapas consistirão em estudar outros FRBs com características similares. Os cientistas esperam assim refinar sua compreensão dos mecanismos em ação. Essas pesquisas também podem esclarecer outros mistérios cósmicos relacionados a estrelas de nêutrons.
O que é uma rajada rápida de rádio (FRB)?
As rajadas rápidas de rádio são emissões de rádio cósmicas extremamente breves e intensas. Com duração de alguns milissegundos, liberam tanta energia quanto o Sol em um dia.
Descobertas em 2007, sua origem permaneceu misteriosa por muito tempo. Os FRBs podem ser repetitivos ou únicos, o que sugere mecanismos diferentes. Seu estudo oferece pistas sobre ambientes cósmicos extremos.
Os FRBs são detectados a distâncias cosmológicas, às vezes a bilhões de anos-luz. Sua propagação pelo espaço intergaláctico permite estudar a matéria difusa entre as galáxias. Esses sinais são, portanto, ferramentas valiosas para mapear o Universo.
As últimas pesquisas apontam para estrelas de nêutrons como fontes prováveis. Os magnetares, um tipo de estrela de nêutrons com campo magnético intenso, são particularmente suspeitos. Essas descobertas abrem novos caminhos para entender esses objetos extremos.
Como a polarimetria ajuda a estudar os FRBs?
A polarimetria mede a orientação das ondas de rádio emitidas. Essa técnica revela informações sobre o ambiente da fonte e o mecanismo de emissão.
As ondas de rádio podem ser polarizadas linearmente ou circularmente. A polarização linear domina nos FRBs, indicando um campo magnético forte e organizado. Essas características são típicas de estrelas de nêutrons.
As variações rápidas do ângulo de polarização, observadas nesse estudo, são particularmente reveladoras. Elas sugerem uma emissão próxima à superfície da estrela de nêutrons. Esse comportamento é similar ao dos pulsares, mas com intensidade muito maior.
A polarimetria permite assim distinguir os FRBs de outras fontes de rádio. Ela também oferece restrições valiosas para os modelos teóricos. Essa técnica será crucial para futuros estudos sobre FRBs.