Um buraco negro solitário foi identificado pela primeira vez.
Os pesquisadores utilizaram dados do telescópio Hubble e da sonda Gaia para estudar este objeto misterioso. Localizado na constelação de Sagitário, ele foi detectado graças ao seu efeito sobre a luz de uma estrela distante, um fenômeno conhecido como microlente gravitacional.
Inicialmente, outra equipe havia sugerido que o objeto poderia ser uma estrela de nêutrons. No entanto, análises adicionais revelaram uma massa aproximadamente sete vezes maior que a do Sol, eliminando essa possibilidade. Apenas um buraco negro poderia explicar essas observações.
O futuro telescópio espacial Nancy Grace Roman, cujo lançamento está previsto para 2027, poderá permitir a descoberta de outros buracos negros solitários. Essas observações abrem caminho para uma melhor compreensão desses objetos.
Esta confirmação marca uma etapa importante na astronomia. Ela mostra que os buracos negros podem existir isoladamente, sem estarem ligados a uma estrela companheira, e oferece novas oportunidades para seu estudo.
Como se detecta um buraco negro isolado?
Os buracos negros isolados são detectados graças ao efeito de microlente gravitacional. Quando um buraco negro passa na frente de uma estrela distante, sua gravidade deforma e amplifica a luz da estrela. Esse efeito permite aos astrônomos identificar sua presença, apesar da ausência de luz emitida pelo próprio buraco negro.
As observações exigem telescópios espaciais como Hubble e Gaia, capazes de medir com precisão os minúsculos deslocamentos das estrelas. Esses instrumentos permitem distinguir buracos negros de outros objetos compactos, como estrelas de nêutrons, medindo sua massa e seu efeito gravitacional.