🌍 Estas rochas são as mais antigas já descobertas no nosso planeta

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Science
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No norte do Quebec, uma formação geológica excepcional atravessa o tempo. Pesquisadores acabam de confirmar que estas pedras, com 4,16 bilhões de anos, são as mais antigas já identificadas no nosso planeta.


Formação da Terra

Esta descoberta revela um período pouco conhecido: o Hadéico, era tumultuada em que a Terra se assemelhava a um inferno vulcânico. As rochas de Nuvvuagittuq, preservadas apesar das transformações geológicas, oferecem um testemunho único dos primeiros momentos da crosta terrestre.

Uma janela para o Hadéico


Localizada perto de Inukjuak no Nunavik, o cinturão de Nuvvuagittuq intriga os cientistas há anos. Os debates sobre sua idade, variando entre 3,8 e 4,3 bilhões de anos, foram finalmente resolvidos graças a um método rigoroso de datação.

A equipe de Jonathan O'Neil (Universidade de Ottawa) analisou intrusões magmáticas que atravessam as rochas vulcânicas. Estas formações, datadas em 4,16 bilhões de anos, provam que as rochas circundantes são as mais antigas conhecidas.


O local das rochas mais antigas conhecidas na Terra, a 30 km de Inukjuak, no Nunavik, Canadá.

Esta datação baseia-se na desintegração radioativa do samário em neodímio. Dois isótopos distintos serviram como cronômetros independentes, confirmando unanimemente esta idade recorde. Estes resultados fazem deste local o único vestígio conhecido da crosta hadéica.

Técnicas para voltar no tempo


A datação radiométrica foi crucial para esta descoberta. Ao contrário dos zircões, ausentes aqui, os pesquisadores mediram as proporções de samário e neodímio, elementos químicos presos durante a formação das rochas.

As amostras, coletadas em 2017, passaram por análises petrológicas e geoquímicas aprofundadas. As medições, realizadas em Ottawa e na Universidade Clermont-Auvergne, eliminaram qualquer dúvida sobre sua antiguidade.

Estas rochas, principalmente metagabros, revelam condições extremas. Sua composição sugere uma crosta primitiva rica em ferro e magnésio, muito diferente dos continentes atuais. Elas também esclarecem os mecanismos que levaram ao surgimento dos primeiros continentes.
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