🦉 Vista de uma impressionante coruja cósmica

Publicado por Adrien,
Fonte: arXiv
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Na imensidão do Universo, alguns encontros galácticos desenham formas surpreendentes. Uma equipe internacional observou uma fusão de galáxias formando uma estrutura que lembra o rosto de uma coruja.

Esta descoberta, apelidada de "Coruja Cósmica", resulta da análise aprofundada de imagens capturadas por telescópios de ponta. As galáxias em questão, do tipo anel colisional, criaram círculos quase perfeitos ao redor de seus núcleos. Este fenômeno raro oferece uma visão única das dinâmicas em ação durante tais colisões.


Representação anotada da Coruja Cósmica, mostrando duas galáxias em anel colisional com núcleos ativos duplos.
Crédito: [i]arXiv
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Os pesquisadores usaram instrumentos como o telescópio espacial James Webb para estudar essa fusão. Os dados revelam que cada galáxia possui um núcleo ativo, sinal da presença de um buraco negro supermassivo. A simetria dos anéis sugere uma colisão frontal entre duas galáxias de massa similar.

A Coruja Cósmica está localizada a aproximadamente 8-9 bilhões de anos-luz, com um desvio para o vermelho de 1.14. Os anéis, com diâmetro de cerca de 26.000 anos-luz, são o resultado de forças gravitacionais intensas. Essa configuração permite estudar como as galáxias acumulam massa estelar e como os buracos negros supermassivos crescem.

O estudo destaca a interação entre as duas galáxias, principalmente através de um jato rádio bipolar. Este jato, emanando de um dos núcleos, influencia a região de formação estelar entre as duas galáxias.

As imagens detalhadas mostram zonas de intensa formação estelar, coloridas em azul, lembrando um bico entre os dois "olhos" da coruja. Esta descoberta, publicada no arXiv, abre novas perspectivas sobre os mecanismos de fusão galáctica e seu papel no Universo jovem.

Como se formam as galáxias em anel colisional?


As galáxias em anel colisional são o resultado de colisões quase frontais entre duas galáxias. Quando uma galáxia atravessa o disco de outra, as forças gravitacionais perturbam a distribuição do gás e das estrelas.

Este fenômeno cria uma onda de choque que impulsiona a matéria para o exterior, formando um anel. Estas estruturas são relativamente raras, pois exigem condições de colisão muito específicas.

Os anéis colisionais oferecem uma janela única sobre os processos dinâmicos das galáxias. Eles permitem aos astrônomos estudar como as interações galácticas influenciam a formação das estrelas e a evolução das galáxias.

A Coruja Cósmica, com seus dois anéis quase idênticos, é um exemplo notável deste fenômeno. Seu estudo ajuda a entender como as galáxias evoluem e interagem no Universo.

O que é um núcleo galáctico ativo?


Um núcleo galáctico ativo (AGN) é uma região compacta no centro de uma galáxia, extremamente luminosa. Esta luminosidade é devida à acreção de matéria por um buraco negro supermassivo.

Os AGNs estão entre os objetos mais energéticos do Universo. Eles podem emitir radiação em todo o espectro eletromagnético, desde ondas de rádio até raios gama.

A presença de um AGN influencia consideravelmente seu ambiente galáctico. Os jatos e ventos produzidos podem regular a formação das estrelas e redistribuir a matéria na galáxia.

No caso da Coruja Cósmica, as duas galáxias possuem um AGN, o que é raro. Esta configuração permite estudar como os AGNs interagem durante uma fusão galáctica.
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