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🏹 Violência pré-histórica: descoberta de um homicídio falhado surpreendente
Publicado por Adrien, Fonte:IPHES Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Uma descoberta arqueológica nos Pirenéus espanhóis revela um episódio violento com 4.000 anos. Um fragmento de costela humana, perfurado por uma ponta de flecha em sílex, testemunha um ataque que, no entanto, não foi mortal.
As escavações no sítio de Roc de les Orenetes trouxeram à luz mais de mil ossos humanos. Entre eles, uma costela com uma ponta de flecha, prova de uma ferida que cicatrizou, indicando que a vítima sobreviveu a esta agressão. Esta descoberta oferece uma visão única dos conflitos interpessoais na idade do bronze.
Uma costela humana com uma ponta de flecha em sílex encontrada numa gruta em Espanha. Crédito: IPHES (Institut Català de Paleoecologia Humana i Evolució Social)
As análises revelaram que o indivíduo foi atingido por trás, sugerindo uma possível emboscada. Os investigadores estimam que este ataque ocorreu há aproximadamente 4.100 a 4.500 anos. A presença de ferimentos semelhantes noutros esqueletos indica uma violência recorrente nesta região montanhosa.
O estudo publicado no American Journal of Biological Anthropology em 2024 detalha os resultados das escavações. Os arqueólogos identificaram vestígios de violência em vários esqueletos, incluindo um caso de amputação. Estas descobertas mostram a frequência dos conflitos naquela época, mesmo em zonas isoladas.
A costela ferida vai ser submetida a análises aprofundadas, incluindo uma microtomografia de raios X. Estes exames podem fornecer informações adicionais sobre as condições de vida e as causas de morte das pessoas enterradas nesta gruta. Os investigadores esperam assim compreender melhor as dinâmicas sociais da época.
Como é que os arqueólogos determinam a idade dos ossos?
Os arqueólogos usam a datação por carbono 14 para estimar a idade dos ossos. Este método mede a quantidade de carbono 14 restante nas amostras orgânicas.
A datação por carbono 14 baseia-se na desintegração radioativa deste isótopo. Quanto mais antiga for a amostra, menos carbono 14 ela contém.
Esta técnica é particularmente útil para períodos até 50.000 anos. Permite situar os eventos num quadro cronológico preciso.
Os resultados são depois comparados com outros dados arqueológicos para reconstituir a história dos sítios escavados.
O que é a microtomografia de raios X?
A microtomografia de raios X é uma técnica de imagem não destrutiva. Permite obter imagens tridimensionais do interior dos objetos.
Este método é particularmente útil em arqueologia para estudar ossos sem os danificar. Revela detalhes invisíveis a olho nu. A microtomografia utiliza raios X para digitalizar o objeto sob diferentes ângulos. Os dados são depois processados para reconstruir uma imagem 3D.
Esta técnica oferece informações valiosas sobre ferimentos, doenças e até regimes alimentares das populações antigas.