👀 Descoberta de uma multitude de buracos negros escondidos no Universo primordial

Publicado por Adrien,
Fonte: arXiv
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Com o telescópio espacial James Webb (JWST), uma equipe de pesquisadores descobriu uma população inesperada de buracos negros no universo primordial, muito menores do que os conhecidos até agora.

Estes buracos negros, com uma massa equivalente a um milhão de vezes a do Sol, foram identificados graças a uma análise minuciosa dos dados do JWST. O estudo, publicado no arXiv, concentrou-se em 600 galáxias distantes, excluindo aquelas que abrigam núcleos galácticos ativos (AGN) já conhecidos por sua luminosidade. O objetivo era detectar AGNs mais discretos, muitas vezes negligenciados nas pesquisas tradicionais.


O método utilizado consistiu em sobrepor várias imagens capturadas em diferentes comprimentos de onda, aumentando assim a visibilidade dos AGNs fracos. Os pesquisadores então buscaram uma assinatura luminosa específica, a emissão ampla Hα, indicativa da atividade de um buraco negro. Essa abordagem permitiu revelar AGNs em galáxias onde sua presença era até então insuspeitada.

Essas descobertas questionam algumas teorias sobre a formação das galáxias. Ao contrário da ideia de um buraco negro gigante precedendo a galáxia, essas observações sugerem que algumas galáxias poderiam se formar antes que seu buraco negro central atingisse um tamanho significativo. Essa perspectiva abre novos caminhos para entender a evolução cósmica.

O JWST, com suas capacidades únicas, continua a expandir os limites do nosso conhecimento. Os futuros dados prometem esclarecer ainda mais sobre esses buracos negros de baixa massa, agora confirmados pela primeira vez. Esses resultados ilustram a importância das observações no infravermelho para desvendar os mistérios do universo jovem.

O que é um núcleo galáctico ativo (AGN)?


Um núcleo galáctico ativo, ou AGN, é uma região compacta no centro de uma galáxia, extremamente luminosa devido à acreção de matéria por um buraco negro supermassivo.

Os AGNs estão entre os objetos mais energéticos do universo. Sua luminosidade pode superar a de todas as estrelas de sua galáxia hospedeira combinadas. Eles desempenham um papel crucial na evolução das galáxias, influenciando a formação estelar e a distribuição da matéria.

Existem vários tipos de AGNs, classificados de acordo com sua luminosidade e espectro de emissão. Alguns, como os quasares, são visíveis a distâncias cosmológicas, oferecendo um vislumbre do universo jovem. Outros, mais discretos, exigem instrumentos sensíveis como o JWST para serem detectados.

A compreensão dos AGNs é essencial para decifrar os mecanismos de crescimento dos buracos negros e sua interação com o ambiente galáctico. As recentes descobertas do JWST enriquecem esse conhecimento, revelando uma diversidade inesperada desses objetos cósmicos.

Como o JWST está revolucionando a astronomia no infravermelho?


O telescópio espacial James Webb (JWST) está equipado com instrumentos sensíveis ao infravermelho, permitindo observar objetos muito frios ou distantes para os telescópios ópticos. Essa capacidade é crucial para estudar o universo primordial, onde a luz das primeiras galáxias foi desviada para o vermelho pela expansão do universo.

Ao contrário do Hubble, que opera principalmente no visível e no ultravioleta, o JWST pode penetrar nas nuvens de poeira que obscurecem as regiões de formação estelar. Ele revela assim detalhes inacessíveis anteriormente, como estrelas jovens e discos protoplanetários.

O JWST também utiliza uma técnica chamada espectroscopia para analisar a composição química dos objetos celestes. Isso permite aos cientistas determinar a distância, a temperatura e a composição de galáxias distantes, fornecendo pistas sobre sua formação e evolução.

Graças a esses avanços, o JWST inaugura uma nova era na astronomia, possibilitando descobertas que remodelam nossa compreensão do universo. Suas observações continuarão a inspirar pesquisas inovadoras nos próximos anos.
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