O impactador, chamado Theia, era um corpo do tamanho de Marte. Ele teria colidido com a proto-Terra, trazendo voláteis das regiões externas do Sistema Solar. Lá, as temperaturas mais baixas permitem que esses elementos se condensem, ao contrário das zonas próximas ao Sol onde permanecem gasosos.
Esta descoberta sugere, consequentemente, que a vida poderia ser rara em outras exoplanetas semelhantes. Sem um aporte externo similar, elas poderiam carecer de ingredientes crÃticos. A habitabilidade no Universo poderia depender de tais eventos aleatórios.
Os isótopos são variantes de um mesmo elemento quÃmico que diferem pelo seu número de nêutrons. Por exemplo, o carbono-12 e o carbono-14 são isótopos do carbono, com massas atômicas diferentes.
A desintegração radioativa de isótopos instáveis, como o manganês-53 estudado aqui, segue um ritmo constante chamado meia-vida. Medindo os produtos desta desintegração, os cientistas podem calcular o tempo decorrido desde a formação das rochas.
No estudo atual, a análise dos isótopos revelou que Theia trouxe voláteis cedo na história da Terra, há cerca de 4,5 bilhões de anos, oferecendo mais uma peça ao quebra-cabeça das origens da vida na Terra.
Como as colisões planetárias influenciam a evolução dos sistemas estelares?