No caso da supernova SN2021yfj, os astrónomos detetaram um envelope de gás composto por silÃcio, um elemento formado muito perto do núcleo de ferro da estrela. Normalmente, esta camada interna não tem tempo de se afastar o suficiente para ser visÃvel após a explosão, pois forma-se apenas alguns meses antes do fim. A sua presença aqui sugere que todos os materiais externos foram arrancados prematuramente, revelando assim regiões habitualmente ocultas.
Os investigadores avançam a hipótese de que uma estrela companheira poderá ser responsável por este despir extremo. Ao orbitar a estrela moribunda, a sua gravidade poderá ter atraÃdo e expelido as camadas profundas, incluindo a de silÃcio. Este mecanismo, embora raro, corresponde aos modelos teóricos e ajuda a compreender como os ventos estelares podem por vezes ser amplificados por interações binárias.
Graças a tais descobertas, compreendemos melhor a evolução quÃmica do Universo. As primeiras estrelas, desprovidas de elementos pesados, deram lugar a gerações mais diversificadas, como o nosso Sol e a Terra. Cada explosão contribui para esta alquimia cósmica, moldando progressivamente um cosmos cada vez mais rico em elementos e propÃcio ao surgimento da vida.
Estas reações criam uma estrutura em camadas no interior da estrela, onde cada estrato corresponde a um estágio de fusão. Esta organização permite aos astrónomos traçar a história quÃmica da estrela durante a sua explosão.
Sem a fusão nuclear, as estrelas não brilhariam, e o Universo estaria desprovido dos elementos necessários à formação dos planetas e da vida.