Uma camada esbranquiçada que risca os penhascos árticos de Spitsbergen fornece um testemunho excepcional sobre a capacidade de regeneração do mundo vivo.
As implicações para a compreensão das crises biológicas
A datação estratigráfica precisa situa este depósito fossilÃfero a apenas 3 milhões de anos após a extinção em massa do Permiano-Triássico. Este intervalo curto contradiz a hipótese de um restabelecimento marinho estendido por 8 milhões de anos. A rapidez desta reconstituição questiona os modelos evolutivos sobre a adaptação dos vertebrados ao meio marinho.
A concentração notável dos fósseis em um mesmo nÃvel geológico indica que este ecossistema se desenvolveu em uma curta escala de tempo. Esta instantaneidade preservada oferece aos cientistas um caso de estudo único para compreender os mecanismos de recolonização pós-crise. As lições deste passado distante esclarecem as dinâmicas ecológicas face à s perturbações ambientais.
Os ecossistemas marinhos foram particularmente afetados, com o colapso dos recifes de coral e o desaparecimento de muitas linhagens de invertebrados. O restabelecimento completo demandou vários milhões de anos, mas as novas descobertas mostram que ele começou mais rapidamente do que estimado.