🌟 Estrelas mortas para buscar partículas fantasmas

Publicado por Adrien,
Fonte: arXiv
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E se as estrelas mortas se tornassem ferramentas para detectar partículas invisíveis? Esta ideia anima uma nova pesquisa que explora anãs brancas, esses restos de estrelas como o nosso Sol após o fim de suas vidas, para rastrear os áxions, partículas hipotéticas ligadas à matéria escura.

Propostos há várias décadas para resolver um enigma sobre as forças nucleares, os áxions são hoje considerados candidatos possíveis para constituir a matéria escura, essa componente invisível que representa uma parte importante do cosmos. Embora evasivos, sua existência poderia deixar marcas indiretas na evolução das estrelas.


Imagem Wikimedia

A equipe científica examinou dados arquivados do Telescópio Espacial Hubble, focando sua atenção nas anãs brancas do aglomerado globular 47 Tucanae. Esses astros constituem um laboratório ideal porque nasceram simultaneamente, fornecendo uma amostra uniforme para analisar seu resfriamento. Posteriormente, simulações foram empregadas para antecipar a influência potencial dos áxions na temperatura dessas estrelas.

No contexto de alguns modelos, os elétrons presentes nas anãs brancas, movendo-se a velocidades próximas à da luz, poderiam gerar áxions. Essas partículas escapariam então, levando consigo energia e acelerando assim o resfriamento estelar. Os pesquisadores incorporaram esse mecanismo em um software de simulação para confrontar essas previsões com observações reais.

Nenhum traço notável de resfriamento atribuível aos áxions foi detectado nos resultados. Este trabalho permitiu estabelecer novas restrições sobre a interação entre elétrons e áxions, mostrando assim que esse processo, se existir, seria extremamente fraco. Esses elementos oferecem assim uma visão mais clara dos fenômenos possíveis no cosmos.

Essas observações não excluem a existência dos áxions, mas guiam as investigações para outras vias.
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