☣️ Sarin, VX... Este simples adesivo neutraliza até 100% dos agentes neurotóxicos e armas químicas

Publicado por Adrien,
Fonte: CNRS INC
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Uma equipa de cientistas franceses desenvolveu um gel inovador capaz de neutralizar rapidamente agentes neurotóxicos como o sarin e outras armas químicas. Este avanço abre caminho para adesivos descontaminantes eficazes e compatíveis com a pele.

Temíveis venenos desenvolvidos para fins militares, os agentes neurotóxicos como o sarin, o VX ou o tabun atuam em poucos minutos, paralisando as funções vitais. A toxicidade destes compostos organofosforados, presentes em certas armas químicas e pesticidas, baseia-se numa ação direcionada contra uma enzima essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso, a acetilcolinesterase.


Imagem fictícia para ilustração.

O único meio de contrariar a sua ação é degradá-los rapidamente, idealmente logo após o contacto com a pele e em condições compatíveis com o organismo, o que exclui meios demasiado ácidos ou básicos. No entanto, até agora, os materiais capazes de decompor eficazmente estas substâncias necessitavam de condições extremas pouco compatíveis com um uso médico ou de campo.

Num estudo recente, uma equipa de cientistas franceses enfrentou este desafio combinando dois materiais: um sólido nanoporoso do tipo MOF (metal-organic frameworks) chamado UiO-66(Zr), já conhecido pelas suas propriedades de desintoxicação, e um polímero natural bem conhecido, a gelatina. O primeiro atua como um catalisador, atacando o núcleo fosforado das moléculas tóxicas, enquanto a segunda confere flexibilidade, hidrofilia e biocompatibilidade ao conjunto. O resultado: um gel compósito que captura e desativa os agentes neurotóxicos num ambiente próximo do do corpo humano, a pH neutro.

Testado em vários agentes reais, incluindo o sarin (GB), o soman (GD) ou o VX, mas também num pesticida da mesma família, o gel mostrou desempenhos notáveis. A conversão dos compostos tóxicos em produtos inofensivos atinge por vezes 100% em menos de 5 minutos: um recorde a este pH! Além disso, o material mantém a sua estrutura e eficácia após vários ciclos de utilização, o que o torna um candidato promissor para usos repetidos.

A ideia de um adesivo de descontaminação a aplicar diretamente na pele já não é, portanto, ficção científica. Este gel flexível e de fácil produção poderá tornar-se uma ferramenta de primeiros socorros em caso de exposição química a compostos tóxicos, tanto em contexto civil como militar. Resta agora transpor estes resultados para condições reais e avaliar a sua eficácia no terreno, em contacto com a pele humana ou com vestuário contaminado. Um avanço maior em direção a contramedidas mais seguras, mais rápidas e mais acessíveis, a descobrir na revista ACS Applied Nano Materials.
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