Uma estrela anã vermelha está revolucionando os modelos atuais de formação planetária ao abrigar um gigante gasoso. Essa descoberta desafia nosso conhecimento sobre o nascimento de planetas ao redor das menores estrelas.
Duas teorias principais tentam explicar a formação de gigantes gasosos: acreção do núcleo e instabilidade do disco. A primeira supõe a formação de um núcleo sólido que depois atrai gás, enquanto a segunda envolve um colapso direto do disco protoplanetário. Nenhuma parece explicar completamente a presença de TOI-6894b ao redor de uma estrela tão pouco massiva.
As anãs vermelhas representam 75% das estrelas da Via Láctea. Mesmo que apenas 1,5% delas abriguem gigantes gasosos, uma estimativa dos cientistas, isso representa potencialmente milhões de planetas similares a TOI-6894b. Essa descoberta abre novas perspectivas na busca de mundos extrasolares.
Por que as anãs vermelhas são tão interessantes para a busca de exoplanetas?
As anãs vermelhas são as estrelas mais numerosas da galáxia, oferecendo um vasto campo de estudo para exoplanetas. Sua baixa luminosidade facilita a detecção de planetas em trânsito, como TOI-6894b.
A descoberta de gigantes gasosos ao redor de anãs vermelhas amplia nossa compreensão da diversidade planetária. Mostra que planetas massivos podem se formar em ambientes antes considerados desfavoráveis.
As anãs vermelhas continuarão sendo um alvo privilegiado para telescópios como o James Webb, que poderá estudar em detalhes seus planetas e atmosferas.