As auroras de Júpiter como nunca foram vistas antes 🔭

Publicado por Adrien,
Fonte: Nature Communications
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As auroras jovianas, capturadas em infravermelho pelo telescópio Webb, mostram uma atividade dinâmica sem precedentes. Ao contrário das auroras terrestres, as de Júpiter são alimentadas por partículas provenientes não apenas do Sol, mas também de suas luas vulcânicas, como Io. Essa descoberta abre novas perspectivas sobre a interação entre o campo magnético de Júpiter e seu ambiente espacial.


As observações combinadas de Webb e do telescópio Hubble revelaram diferenças surpreendentes nas emissões luminosas. Algumas das luzes mais brilhantes detectadas por Webb não têm equivalente nos dados do Hubble. Essa divergência levanta novas questões sobre os mecanismos em ação na atmosfera de Júpiter e a natureza das partículas que interagem ali.

A equipe de pesquisa, liderada por Jonathan Nichols, ficou particularmente surpresa com a rapidez das mudanças observadas. As auroras de Júpiter podem variar em intensidade em questão de segundos, um fenômeno que desafia os modelos atuais de compreensão das auroras planetárias. Essas observações também podem esclarecer os processos de aquecimento e resfriamento na alta atmosfera de Júpiter.


Os próximos passos dessa pesquisa incluem observações adicionais com Webb e comparações com os dados da sonda Juno. Esses estudos podem ajudar a resolver os enigmas levantados pelas últimas descobertas e a entender melhor a dinâmica das auroras jovianas. Os resultados desses trabalhos foram publicados na Nature Communications, marcando um avanço significativo no estudo dos planetas gigantes.

Como se formam as auroras em Júpiter?


As auroras em Júpiter, assim como na Terra, são o resultado da interação entre partículas carregadas e o campo magnético do planeta. No entanto, Júpiter possui um campo magnético extremamente poderoso, o mais intenso do nosso Sistema Solar, que captura partículas não apenas do vento solar, mas também de suas luas, especialmente Io.

Essas partículas, aceleradas a altas velocidades, colidem com as moléculas da atmosfera joviana, produzindo emissões luminosas. Ao contrário da Terra, onde as auroras são visíveis principalmente perto dos polos, as de Júpiter podem cobrir áreas muito mais extensas devido ao tamanho e à força do campo magnético do planeta.


a) Imagem da luz emitida às 09:34:20 UT, com uma área de interesse destacada em ciano, medindo aproximadamente 7100 km. A parte inferior da imagem corresponde à longitude 180° do sistema de referência.
b) Curva mostrando a evolução da luz medida na área ciano ao longo do tempo.
c–h) Série de imagens mostrando as mudanças observadas nessa área durante o evento, com pontos vermelhos indicando os momentos-chave.


Qual é o papel de Io nas auroras de Júpiter?


Io, uma das luas de Júpiter, é conhecida por sua intensa atividade vulcânica. Esses vulcões ejetam materiais no espaço, criando um toro de plasma ao redor de Júpiter. Esse plasma é rico em partículas carregadas que são capturadas pelo campo magnético do planeta.

Uma vez capturadas, essas partículas são aceleradas ao longo das linhas do campo magnético em direção aos polos de Júpiter, onde interagem com a atmosfera para produzir auroras. Esse processo adiciona uma fonte extra de partículas energéticas às provenientes do Sol, contribuindo para a intensidade e a complexidade das auroras jovianas.
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