Como os vaga-lumes produzem sua incrível luz?

Publicado por Redbran,

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Quando a noite cai no verão, às vezes basta olhar para um canto escuro do jardim ou de uma trilha na floresta para avistar uma pequena luz piscando. Não é um reflexo, nem um efeito óptico: são vaga-lumes. Mas como esses pequenos insetos conseguem produzir luz com seu próprio corpo? É um fenômeno fascinante que a ciência chama de bioluminescência.


Imagem Wikipedia

A luz produzida pelos vaga-lumes não tem nada a ver com a de uma lâmpada ou de uma chama. Trata-se de um processo químico, totalmente silencioso, que ocorre em seu abdômen. Lá dentro, uma molécula chamada luciferina reage com o oxigênio. Essa reação é desencadeada por uma enzima específica: a luciferase. Tudo isso libera energia... na forma de luz fria, ou seja, sem calor.

O que torna essa luz tão especial é que ela é extremamente eficiente. Quase 100% da energia química é transformada em luz visível, enquanto uma lâmpada comum desperdiça muita energia na forma de calor. Nesse sentido, os vaga-lumes são verdadeiros campeões da iluminação ecológica.

Mas por que eles brilham? A luz dos vaga-lumes é, na verdade, uma linguagem. Os machos voam e emitem sinais luminosos precisos para atrair as fêmeas, que geralmente ficam pousadas em uma folha ou na grama. Cada espécie tem seu próprio ritmo de piscar. Se uma fêmea reconhece a "sequência" correta de luz, ela responde por sua vez emitindo um pequeno flash. É uma espécie de diálogo amoroso luminoso.

Algumas espécies também usam a luz como um aviso para se proteger. Ao piscar, elas sinalizam que não são boas para comer, pois produzem substâncias tóxicas ou de gosto amargo. Algumas espécies até imitam os sinais de outros vaga-lumes para atrair os machos... e comê-los!

Assim, a luz dos vaga-lumes não é apenas bonita de se observar: é uma ferramenta de comunicação, de sobrevivência e uma obra-prima da química natural.
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