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Contemple essa carta inédita do coração magnético da nossa galáxia
Publicado por Adrien, Fonte:arXiv Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Uma equipe da Universidade Villanova, financiada pela NASA, revelou recentemente uma visão inédita da região central da nossa Via Láctea, expondo os campos magnéticos e as estruturas de poeira fria que ali residem.
No coração da nossa galáxia encontra-se a zona molecular central, um reservatório denso de poeira que alcança 60 milhões de massas solares e exibe uma temperatura próxima de -258,2 graus Celsius. Essa poeira é fundamental, pois constitui a base das estrelas, dos planetas e, por extensão, da vida como a conhecemos. A interação entre os campos magnéticos e essa poeira é crucial para compreender não apenas a Via Láctea, mas também outras galáxias.
Uma visão inédita dos campos magnéticos no centro da Via Láctea. Crédito: Universidade Villanova/Paré, Karpovich, Chuss (PI)
Para desvendar esses mistérios, os pesquisadores utilizaram o telescópio SOFIA, instalado a bordo de um Boeing 747 que voa a mais de 13700 metros de altitude. Esse projeto, chamado FIREPLACE, resultou na criação de uma carta infravermelha detalhando cerca de 500 anos-luz no centro da nossa galáxia. Essa carta revela uma interação complexa entre a poeira fria, visível em azul, e os campos magnéticos, indicados por filamentos que emitem ondas de rádio em amarelo.
Essa exploração possibilitou detectar variações na orientação dos campos magnéticos através das nuvens de poeira, oferecendo uma primeira visão da sua disposição complexa. Essa descoberta é um avanço significativo, embora os pesquisadores admitam que ainda há um longo caminho pela frente para decifrar integralmente os mistérios do coração da Via Láctea.
Os dados coletados levantam novas questões sobre como os campos magnéticos interagem com a poeira em larga escala na galáxia, oferecendo pistas sobre a possível conexão entre os campos magnéticos observados em diferentes escalas. Os pesquisadores esperam que essas informações motivem os teóricos a propor novos modelos para explicar essas dinâmicas complexas.
Uma visão tricolor da zona molecular central (CMZ) mostrando a emissão de rádio de MeerKAT a 20 cm (1 GHz) em amarelo (Heywood et al., 2022) e a emissão de poeira fria a 250 µm e de poeira quente a 70 µm observadas por Herschel em ciano e violeta (Molinari et al., 2011). A moldura pontilhada verde indica aproximadamente a região coberta pelas observações do FIREPLACE DR1 apresentadas em Butterfield et al. (2023). Os principais nuvens moleculares da CMZ são marcados e identificados.
As implicações deste estudo vão além da nossa simples compreensão da Via Láctea, abrindo janelas para os processos fundamentais que regem a formação e a evolução das galáxias.