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Publicada na PLOS ONE, o estudo analisou 2.397.388 tweets sinalizados por sua baixa credibilidade. Os pesquisadores descobriram que um pequeno número de contas era responsável pela disseminação massiva de desinformação, destacando o papel central dos "super-propagadores".
As plataformas de redes sociais como Facebook, Twitter (agora X) e Instagram têm um impacto significativo nas crenças pessoais e questões sociais, especialmente políticas. Entidades estrangeiras usam essas plataformas para influenciar a opinião pública, um fenômeno estudado por muitos pesquisadores.
A equipe coletou dados no Twitter por dez meses, totalizando quase 2,4 milhões de tweets, e identificou aqueles contendo informações de baixa credibilidade. Eles constataram que um terço dos tweets duvidosos vinham de apenas 10 contas e que 1.000 contas eram responsáveis por 70% desses tweets.
Esses super-propagadores são comparáveis aos super-contaminadores da pandemia, capazes de "infectar" um grande número de pessoas graças à sua reputação. Embora a maioria das contas não seja identificável, algumas, como políticos ou influenciadores famosos como Donald Trump Jr., foram mencionadas.
Classificação das contas super-propagadoras. Uma grande parte (55,1%) das contas não está mais ativa. Para cada classe anotada com afiliações políticas, as cores indicam a distribuição ideológica. O último grupo agrega todas as contas com afiliações políticas.
Crédito: PLOS ONE (2024). DOI: 10.1371/journal.pone.0302201
A maioria das contas identificadas foi desativada durante uma campanha do Twitter em 2020 para reduzir a desinformação. No entanto, essa tendência tem se revertido desde a aquisição da plataforma por Elon Musk e sua mudança de identidade para X.