🫁 Descoberta importante: novas moléculas responsáveis pela asma identificadas

Publicado por Adrien,
Fonte: Journal of Allergy and Clinical Immunology
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A asma é uma doença respiratória que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela provoca uma inflamação dos brônquios, tornando a respiração difícil.

Pesquisadores americanos descobriram recentemente um novo tipo de moléculas inflamatórias chamadas "pseudo-leucotrienos". Essas moléculas se assemelham aos leucotrienos já conhecidos, mas seu modo de formação é muito diferente. Elas aparecem quando radicais livres, moléculas instáveis, oxidam as gorduras presentes em nossas células.


Imagem ilustrativa Unsplash

Os leucotrienos clássicos são produzidos por enzimas precisas que controlam sua criação. Em contrapartida, os pseudo-leucotrienos se formam de maneira mais caótica, sob o efeito da oxidação. Esta descoberta, liderada pelo professor Robert Salomon da Universidade Case Western Reserve, questiona o que se pensava saber sobre as causas da asma. Ela mostra que certas inflamações poderiam ser desencadeadas por reações químicas pouco conhecidas até agora.

Para detectar essas novas moléculas, os pesquisadores desenvolveram técnicas de análise muito sensíveis. Ao comparar as urinas de pacientes asmáticos e de pessoas saudáveis, eles constataram que os doentes apresentavam níveis de pseudo-leucotrienos até cinco vezes mais elevados. Essas concentrações também aumentavam com a gravidade da doença, o que leva a crer que essas moléculas desempenham um papel direto na intensidade das crises de asma.

Esta descoberta poderia mudar a maneira de tratar a asma. Atualmente, os medicamentos visam bloquear os receptores que reagem aos leucotrienos. No futuro, os tratamentos poderiam antes impedir a formação dos pseudo-leucotrienos em si. Isso permitiria reduzir a inflamação excessiva sem suprimir as defesas naturais do corpo. Os cientistas também querem saber se essas moléculas estão envolvidas em outras doenças respiratórias como a bronquiolite.

As implicações vão além da asma. A equipe do professor Salomon estuda agora uma possível ligação entre esses mecanismos inflamatórios e certas doenças do cérebro como Parkinson ou Alzheimer. Isso poderia explicar por que certos medicamentos destinados à asma parecem às vezes benéficos no tratamento de distúrbios neurológicos. Compreender essas reações químicas poderia abrir caminho para novas terapias para várias doenças crônicas.

Os radicais livres desempenham um papel central nesta descoberta. Essas moléculas muito reativas são produzidas naturalmente por nossas células, mas sua quantidade aumenta com a poluição, o tabaco ou o estresse. Quando se tornam muito numerosos, eles danificam as células provocando estresse oxidativo. É esse desequilíbrio que conduz à formação dos pseudo-leucotrienos. Esta reação ilustra como um fenômeno normal do metabolismo pode, quando se torna excessivo, desencadear uma inflamação crônica e doenças como a asma.
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