Um novo estudo mostra que essa falha desce menos abruptamente no subsolo do que se pensava até agora. A falha se estende por cerca de 400 km ao longo das montanhas de Wasatch. Os pesquisadores descobriram que, em certas profundidades, ela é mais inclinada. Isso poderia fazer o solo tremer com mais força na superfície, especialmente nas áreas urbanas, aumentando os riscos para os habitantes.
Ilustração artística de uma falha cortando uma cidade ao meio.
O estudo, publicado na revista Geology, analisa as rochas que compõem a falha. Ao estudá-las, os cientistas tentam entender melhor como essa falha se move e o que isso muda para os terremotos.
Um terremoto ocorrido em 2020 perto de Magna serviu como gatilho para essa pesquisa. Embora não fosse muito profundo, causou muitos danos. Isso mostrou que mesmo um terremoto pouco profundo pode ser prejudicial.
Em laboratório, os pesquisadores descobriram que as rochas da falha são muito lisas. É como deslizar no gelo: elas se movem mais facilmente do que se fossem ásperas. Essa facilidade de deslizamento viria de mudanças nas rochas que remontam a mais de 1,7 bilhão de anos.
Os pesquisadores explicam que, quanto mais facilmente as rochas deslizam, mais fortes podem ser os tremores na superfície. O que significa mais riscos para os moradores próximos.
Com essa descoberta, os especialistas acreditam que é necessário revisar os mapas de risco para as cidades próximas à falha. Os planos de proteção contra terremotos podem precisar ser atualizados.
Por que eventos de um bilhão de anos ainda importam?
As rochas guardam vestígios de deformações passadas. Mesmo bilhões de anos depois, isso pode mudar seu comportamento.
Na falha de Wasatch, essas antigas transformações tornaram as rochas muito lisas. Menos atrito significa que elas podem deslizar mais facilmente... e tremer mais forte.
Tudo isso mostra que também precisamos olhar para a história geológica muito antiga para prever melhor os terremotos de hoje. Caso contrário, corremos o risco de subestimar os perigos.