Ao procurar um local para acampar, Joël Lapointe descobre uma estranha formação de 15 km nos mapas de satélite. Uma possível assinatura de um meteorito com milhões de anos.
Ao planejar suas férias, este quebequense percebe uma anomalia na topografia da Côte-Nord. Especialistas franceses, intrigados, confirmam a possibilidade de um antigo impacto meteorítico na Terra. Os contornos regulares e a formação de montanhas ao redor da depressão levantam questionamentos.
Joël Lapointe sinaliza esta descoberta aos geólogos. Pierre Rochette, do Centro Europeu de Pesquisa e Ensino em Ciências Geológicas do Meio Ambiente (Cerege) na França, vê nesses indícios sinais evidentes de uma cratera de impacto de meteorito. A hipótese parece ganhar força.
As pesquisas em laboratório continuam para analisar os minerais do local. Os zircões, minerais que preservam traços de impactos, poderiam confirmar essa hipótese. Sua orientação particular sob o efeito de uma pressão intensa intriga os especialistas.
Os especialistas esperam encontrar "cones de estilhaço", fraturas típicas de um impacto meteorítico, causadas pela onda de choque. Pierre Rochette planeja examinar essas formações no local para determinar a origem exata dessa cratera.
Se essa descoberta for confirmada, ela acrescentaria uma 11ª cratera de meteorito à região de Quebec. A estimativa atual sugere um impacto ocorrido há cerca de 100 milhões de anos. Uma datação precisa ainda exigirá mais estudos.
Será preciso tempo para reconstruir a história desse evento geológico. Mas já, essa descoberta inesperada alimenta a esperança de novas revelações sobre a Terra. Para Joël Lapointe, a aventura está apenas começando, mas pode acabar divergindo um pouco de seus planos de férias iniciais.