O Smart Lander for Investigating Moon (SLIM), fotografado por LEV-2 na Lua, publicado em 25 de janeiro de 2024.
Crédito: Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA)
Durante sua descida, SLIM enfrentou um problema técnico: um de seus principais propulsores falhou, fazendo com que ele inclinasse. Apesar desse incidente, o módulo conseguiu pousar com uma precisão notável, a apenas 100 metros de seu alvo. Este feito tecnológico coloca o Japão entre um grupo seleto de nações capazes de realizar pousos de precisão na Lua.
O diferencial do SLIM está em seu sistema de navegação inovador. Comparando as imagens capturadas em tempo real por sua câmera com as fotos de satélites da Lua, SLIM pôde determinar sua localização com uma precisão sem precedentes. Este pouso bem-sucedido é uma prova significativa do avanço tecnológico do Japão no campo da exploração espacial.
Mas a viagem do SLIM não termina aqui. Após ter perdido temporariamente sua capacidade de gerar eletricidade, devido a um alinhamento inadequado de seus painéis solares, o dispositivo finalmente começou a produzir energia novamente. Essa retomada de atividade provavelmente se deveu a uma mudança na orientação dos raios solares. Portanto, SLIM continuará sua missão principal: analisar a composição das rochas de olivina, um mineral comum na crosta lunar, usando uma câmera espectral multibandas, capaz de capturar imagens além das comprimentos de onda visíveis ao olho humano.
Antes dessa perda temporária de energia, a JAXA havia compartilhado imagens capturadas pela câmera do SLIM, revelando as rochas ao redor. Uma nova visão da superfície lunar também foi divulgada, mostrando uma rocha apelidada de "caniche de pelúcia" pela equipe da JAXA.
Embora o futuro operacional do SLIM permaneça incerto, a agência especificou que o aparelho não foi projetado para sobreviver a uma noite lunar, a próxima começando em 1º de fevereiro.