Escavações arqueológicas realizadas em Falster, na Dinamarca, descobriram uma estrutura subterrânea única. Uma caverna pavimentada com pedras, com 5000 anos de idade, vestígio das técnicas sofisticadas dos primeiros agricultores europeus.
Os habitantes dessa época, conhecidos pela cultura dos vasos de funil, iniciaram a transição para uma vida sedentária. Eles cultivavam cereais e criavam animais domésticos, marcando uma mudança decisiva para a humanidade.
(a) Desenho reconstitutivo da casa. (b) Foto geral da caverna (vista do leste, aproximadamente na mesma orientação que o desenho de reconstrução). (c) Foto detalhada da parede da caverna, marcada por linhas vermelhas, vista do oeste. Desenho e fotos: Museu Lolland-Falster.
A invenção da caverna é um testemunho da importância da conservação de alimentos. Aproveitando as temperaturas estáveis do subsolo, as colheitas eram protegidas do congelamento e do calor, garantindo a sobrevivência durante os invernos.
A análise do local revelou antigas casas construídas em madeira e terra compactada. As técnicas utilizadas, então modernas, demonstram um domínio avançado dos materiais disponíveis.
Além dessa caverna, as escavações também levaram à descoberta de mais de 1000 artefatos, que vão desde ferramentas de sílex a fragmentos de cerâmica. Esses objetos relatam o cotidiano dos habitantes.
Restos de cercas também foram descobertos, remontando a vários séculos antes da construção das casas. Esse detalhe sugere que o local tinha uma importância estratégica muito antes das habitações serem estabelecidas.
Os arqueólogos acreditam que essas descobertas abalam as ideias preconcebidas sobre as sociedades neolíticas. A organização social e as técnicas dessas sociedades eram muito mais desenvolvidas do que se imaginava.