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🌊 Esta cratera conta a história da água em Marte
Publicado por Adrien, Fonte:ESA Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
A sonda Mars Express da ESA capturou uma imagem impressionante de Deuteronilus Cavus, uma cratera rica em ensinamentos.
Localizada numa zona de transição entre as terras altas do sul e as terras baixas do norte de Marte, Deuteronilus Cavus testemunha uma história geológica particular. O seu diâmetro de 120 quilómetros resulta de um impacto há cerca de 4 mil milhões de anos, seguido de erosão pela água e gelo. Os cientistas veem nela uma janela para o passado dinâmico de Marte.
A cratera Deuteronilus Cavus, com 120 quilómetros de largura, mostra sinais de erosão pela água e gelo. Crédito: ESA/DLR/FU Berlin
A presença de minerais argilosos na cratera sugere interações passadas entre a água e materiais vulcânicos. Estas condições poderiam ter sido propícias à vida, oferecendo um vislumbre dos ambientes habitáveis antigos de Marte. Os canais e as cristas observados reforçam esta hipótese.
As glaciações sucessivas também deixaram a sua marca em Deuteronilus Cavus. Os glaciares, ao deslocarem-se, escavaram sulcos e transportaram detritos rochosos. Estes processos contribuíram para moldar a paisagem atual da cratera, revelando ciclos climáticos passados.
O interior da cratera apresenta uma variedade de formações geológicas, incluindo mesas e planícies cobertas por cinzas vulcânicas. Estes elementos, combinados com as rugas de compressão, contam a história dos fluxos de lava que outrora cobriram a região.
Os cientistas utilizam estas pistas para reconstituir a evolução climática e geológica de Marte. Deuteronilus Cavus surge como um livro aberto sobre os processos que esculpiram a superfície marciana ao longo de milhares de milhões de anos.
Que papel desempenha o gelo na formação das paisagens marcianas?
O gelo foi um ator principal na escultura das paisagens marcianas. Durante os períodos glaciares, escavou vales e transportou materiais, modificando duradouramente a superfície do planeta. Os vestígios destas atividades ainda são visíveis hoje.
Os glaciares marcianos, frequentemente cobertos de poeira, deslocaram-se lentamente sob o efeito da gravidade. Este movimento arrastou rochas, escavando sulcos no solo, como os observados em torno de Deuteronilus Cavus. Estas formações testemunham a ação passada dos glaciares.
O gelo influencia também a estabilidade dos solos. Quando derrete, pode criar canais e ravinas. Estes processos são semelhantes aos observados na Terra nas regiões polares ou montanhosas.
Por fim, a presença suposta de gelo no subsolo marciano é um recurso potencial para as futuras missões tripuladas. Compreender a sua distribuição e comportamento é, portanto, um desafio científico e prático para a exploração de Marte.