Esta pesquisa mostra que nossa pele poderia se tornar um repelente contra mosquitos

Publicado por Redbran,
Fonte: Scientific Reports
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A busca por alternativas aos repelentes sintéticos contra mosquitos está tomando um novo rumo com o estudo do microbioma cutâneo. Modificar a flora microbiana da nossa pele poderia ser a chave para nos tornarmos menos atraentes para estes insetos, responsáveis, na melhor das hipóteses, por noites mal dormidas e, na pior, pela propagação de doenças.


Imagem ilustrativa Pixabay

Os mosquitos são atraídos pelo odor único que a nossa pele emite, em particular pelas moléculas liberadas durante a decomposição do nosso suor pelas bactérias. Um estudo recente revelou a existência de compostos químicos produzidos pelo microbioma cutâneo capazes de repelir mosquitos, especialmente o Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como a dengue, Zika, febre amarela e chikungunya. Estas descobertas sugerem que, ao modificar nosso microbioma para emitir certos odores, poderíamos prevenir eficazmente as picadas de mosquitos.

A equipe de pesquisa cultivou várias cepas bacterianas presentes na pele humana, especialmente dos gêneros Staphylococcus e Corynebacterium. Em seguida, analisaram os compostos voláteis emitidos por estas bactérias e seu efeito no comportamento dos mosquitos. Três voláteis cutâneos foram identificados como repelentes: o ácido 2-metilbutírico, o ácido 3-metilbutírico e o geraniol. Por outro lado, o ácido lático, produzido pelas bactérias, atrai fortemente os mosquitos.

Os autores do estudo propõem que o microbioma cutâneo poderia ser modificado para deixar de produzir químicos atrativos ou, ao contrário, para produzir repelentes. Além disso, reduzir a produção de ácido lático também poderia ajudar a prevenir picadas.

Esta pesquisa abre caminho para estratégias inovadoras de prevenção de doenças transmitidas por mosquitos, explorando a própria biologia da nossa pele. Ela destaca a importância de entender as interações complexas entre nosso microbioma e os insetos vetores de doenças para desenvolver métodos de proteção mais naturais e potencialmente mais seguros que os repelentes químicos atuais.
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