💡 Este novo método destrói 92% das células cancerígenas em 30 minutos

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: ACS Nano
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Uma luz de esperança na luta contra o câncer emerge de laboratórios, onde equipes de pesquisa estudam uma via original: a associação da luz e de nanopartículas metálicas. Este método engenhoso busca localizar o efeito destrutivo apenas nas células tumorais, poupando assim os tecidos saudáveis e atenuando fortemente os efeitos colaterais habituais dos tratamentos clássicos.

O conceito baseia-se numa ideia inovadora: empregar a luz como gatilho para ativar "nano-aquecedores" precisamente no interior dos tumores. Pesquisadores da Universidade do Texas em Austin e da Universidade do Porto concretizaram esta abordagem criando folhetos nanoscópicos de óxido de estanho, capazes de transformar a luz infravermelha em calor localizado. Esta combinação abre a perspectiva de tratamentos mais precisos, menos invasivos e potencialmente mais acessíveis.



O funcionamento de uma terapia localizada


A originalidade reside no emprego de "nanoflocos" de óxido de estanho, estruturas microscópicas especialmente concebidas para captar a luz no espectro do infravermelho próximo. Este comprimento de onda oferece a particularidade de atravessar os tecidos biológicos sem criar lesões importantes. Uma vez iluminados, estes nanoflocos funcionam como transformadores de energia, convertendo os fótons luminosos em calor com um rendimento notável, aproximando-se dos 93%. Este mecanismo produz uma hipertermia direcionada diretamente ao contacto das células cancerígenas.

A ativação destas nanopartículas é realizada não por lasers, mas por simples diodos emissores de luz. Os sistemas LED difundem uma luz mais suave e mais homogénea que os lasers, diminuindo os perigos de queimaduras para os tecidos saudáveis vizinhos. O seu custo modesto e a sua simplicidade de emprego poderão, a longo prazo, estender o acesso a esta tecnologia. Os testes celulares verificaram a excelente tolerância com as células saudáveis.

A especificidade do tratamento explica-se pela fragilidade particular das células cancerígenas ao calor. O seu metabolismo rápido e os seus sistemas de reparação celular menos eficientes tornam-nas sensíveis à hipertermia controlada. Durante as experimentações em laboratório, 30 minutos de exposição permitiram suprimir 92% das células de um melanoma, enquanto as células cutâneas saudáveis permaneciam preservadas. Esta exatidão diferencia radicalmente este método das quimioterapias convencionais.

As aplicações clínicas e perspetivas


As utilizações mais diretas concernem os cânceres alcançáveis pela luz, como os melanomas ou outros tumores cutâneos. Os pesquisadores imaginam o desenvolvimento de dispositivos LED portáteis, semelhantes a adesivos, que poderiam ser colocados diretamente sobre a zona tratada após uma operação cirúrgica. Esta tática permitiria eliminar as células cancerígenas restantes, baixando assim notavelmente o perigo de reaparição local enquanto facilita o acompanhamento pós-operatório para os pacientes.

A disponibilidade económica e técnica representa outro ponto forte importante desta tecnologia. Os elementos necessários – diodos emissores de luz e óxido de estanho – são económicos e facilmente acessíveis. A sua associação traça o caminho para tratamentos potencialmente empregáveis em zonas menos providas medicamente, onde o acesso a terapias elaboradas permanece restrito. Esta difusão poderia constituir um progresso notável em oncologia mundial.

As orientações de desenvolvimento compreendem a adaptação do tratamento a cânceres mais profundos, como os da mama ou do cólon. Os cientistas examinam atualmente a otimização dos parâmetros de exposição luminosa e consideram outros materiais com características fototérmicas comparáveis. A associação desta terapia com outros métodos, como a imunoterapia, representa igualmente uma orientação encorajadora para amplificar os efeitos antitumorais enquanto se conserva um nível de segurança elevado.
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