💔 Estes sinais precursores de suicídio em jovens que os adultos não veem

Publicado por Adrien,
Fonte: Universidade McGill
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Baseando-se num estudo pioneiro de 25 anos, desde a infância até à idade adulta, uma equipa de investigação da Universidade McGill identificou dois padrões de surgimento de pensamentos suicidas, bem como os sinais precursores que, frequentemente, passam despercebidos.

Os pensamentos suicidas são cada vez mais comuns entre os jovens, mas a sua instalação e os sintomas de saúde mental que, frequentemente, os precedem são mal compreendidos, explicam os cientistas.


Imagem de ilustração Pixabay

Publicado na revista JAMA Psychiatry, este estudo consiste numa análise dos dados do Estudo Longitudinal do Desenvolvimento das Crianças do Quebec, um dos poucos estudos - só existe mais um no mundo - nos quais se acompanhou um grande grupo de jovens e se registaram regularmente os seus pensamentos suicidas.

A maioria dos 1600 jovens participantes nunca teve ou raramente teve pensamentos suicidas. No entanto, dois perfis distintos destacam-se entre aqueles que relataram pensamentos suicidas: cerca de 7% começaram a ter tais pensamentos no início da adolescência (entre os 12 e os 13 anos), enquanto 5% começaram a tê-los na idade adulta (entre os 20 e os 25 anos).

No grupo que começou cedo a ter pensamentos suicidas, muitos tinham mostrado sinais de perturbações mentais durante a infância: comportamentos perturbadores (sintomas externos geralmente visíveis), bem como depressão e ansiedade (sintomas internos muitas vezes mais difíceis de detetar).

"É impressionante constatar que os pais e os professores frequentemente notaram os problemas de comportamento das crianças, mas não o seu sofrimento emocional", salienta a autora principal do estudo, Marie-Claude Geoffroy, professora associada do Departamento de Psiquiatria da Universidade McGill, investigadora no Centro de Investigação do Hospital Douglas e titular da Cátedra de Investigação do Canadá em Saúde Mental e Prevenção do Suicídio em Jovens.

Por outro lado, os participantes cujos pensamentos suicidas se manifestaram no início da idade adulta geralmente só tinham apresentado sintomas internos, que surgiram na adolescência.

"Quando estes sinais são levados a sério, podemos intervir sem demora para proteger o desenvolvimento das crianças", especifica Charles-Édouard Notredame, coautor do estudo e psiquiatra da infância e adolescência no Centro Hospitalar Universitário de Lille.

Um apoio adequado à idade, como os programas de saúde mental nas escolas, poderia permitir-nos intervir nas crianças e adolescentes de forma particularmente eficaz e no momento certo, ou seja, antes que os pensamentos suicidas se instalem, acrescenta ele.

O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens e jovens adultos no país, de acordo com dados do governo do Canadá.

"Os pensamentos suicidas em jovens ainda são demasiadas vezes considerados uma simples 'fase'", explica a Prof.ª Geoffroy. "No entanto, os nossos resultados destacam a necessidade de implementar sem demora medidas de prevenção do suicídio".
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