Les bloqueurs de pubs mettent en péril la gratuité de ce site.
Autorisez les pubs sur Techno-Science.net pour nous soutenir.
▶ Poursuivre quand même la lecture ◀
Imensas estruturas reveladas sob a superfície de Marte
Publicado por Cédric, Autor do artigo: Cédric DEPOND Fonte:Europlanet Society Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Sob a calota polar norte de Marte, elementos densos chamam a atenção. Sua origem permanece desconhecida, e as hipóteses se multiplicam.
Essas estruturas enterradas, detectadas por meio de análises gravimétricas, seriam vestígios de uma época em que Marte abrigava vastos oceanos. A equipe de Bart Root, da Universidade de Delft, destacou essas anomalias sob sedimentos que outrora teriam coberto um antigo leito marinho.
Mapa destacando as estruturas densas do hemisfério norte. As regiões indicadas por linhas pretas são anomalias de alta massa que não apresentam nenhuma correlação com a geologia e a topografia. Essas estruturas subterrâneas ocultas estão cobertas por sedimentos oriundos de um antigo oceano. Sua origem permanece um mistério, e uma missão gravitacional dedicada, como a MaQuIs, é necessária para revelar sua natureza. Crédito: Root et al.
Esses elementos se revelam muito mais densos do que o ambiente imediato, com uma densidade estimada entre 300 e 400 quilogramas por metro cúbico superior aos arredores. Segundo os pesquisadores, várias hipóteses são consideradas para explicar sua origem. Eles poderiam ser resultado de antigas atividades vulcânicas, que teriam deixado depósitos maciços sob a superfície.
Outra possibilidade mencionada seria a formação dessas estruturas como resultado de impactos de meteoritos, que teriam compactado o solo marciano. No entanto, nenhuma marca visível na superfície permite confirmar essas hipóteses, tornando sua origem e natureza ainda mais enigmáticas.
Entre as descobertas mais fascinantes, algumas dessas formações estão localizadas ao redor da região vulcânica de Tharsis, onde se ergue o famoso Olympus Mons. No entanto, ao contrário das previsões, essa área não afunda sob seu próprio peso. Na verdade, as observações revelam uma elevação surpreendente do terreno. Isso poderia ser explicado pela ascensão de um pluma magmática sob a litosfera, sugerindo possível atividade vulcânica no futuro próximo.
Esses novos dados sugerem que Marte ainda mantém uma dinâmica interna ativa. Os pesquisadores mencionam a possibilidade de que esses movimentos internos possam gerar novas características geológicas na superfície do planeta vermelho.
Assim, essas descobertas podem colocar em questão nossa compreensão de Marte, deixando entrever fenômenos ainda insuspeitados sob sua superfície.
O que é uma pluma magmática?
Uma pluma magmática é uma ascensão de rochas em fusão das profundezas de um planeta. Essa coluna de magma sobe através do manto, impulsionada pelo calor interno. Quando atinge a litosfera, ela pode provocar vulcões ou outras formações geológicas.
Em Marte, indícios sugerem que uma pluma magmática poderia estar subindo sob a região de Tharsis, onde se localiza o Olympus Mons (o relevo mais alto conhecido no Sistema Solar). Esse fenômeno explicaria a elevação inesperada do terreno, contrariando a pressão exercida pelo peso dos vulcões e deixando entrever uma potencial atividade vulcânica futura.
Como a gravimetria funciona para explorar Marte?
A gravimetria é um método de análise que mede as variações no campo gravitacional de um planeta. Em Marte, ela permite detectar diferenças de densidade sob a superfície, revelando assim estruturas ocultas. Essas variações influenciam os movimentos dos satélites em órbita.
Os pesquisadores utilizam essas mínimas variações para mapear a distribuição das massas internas de Marte. Com esses dados, eles podem identificar anomalias, como bolsas de magma, crateras enterradas ou antigos sedimentos, sem a necessidade de perfurar a superfície.