A inteligência artificial em ação para descobrir estruturas extraterrestres

Publicado por Adrien,

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A busca pelo desconhecido frequentemente nos leva longe pelo Universo. Em 2015, um grupo de pesquisadores, utilizando dados do telescópio Kepler da NASA, descobriu um fenômeno intrigante ao redor da estrela KIC 8462852, também denominada estrela de Boyajian. Esta estrela, localizada a aproximadamente 1.470 anos-luz da Terra, apresentava estranhas variações de luminosidade, levantando especulações sobre a existência de estruturas extraterrestres.

A estrela de Boyajian desafiou as explicações habituais. Diferentemente das reduções de luminosidade típicas causadas pela passagem de exoplanetas, as diminuições de luz observadas aqui eram irregulares e significativas. Essa anomalia levou alguns a considerar a existência de uma "megaestrutura extraterrestre" como uma esfera de Dyson, hipótese fascinante, mas que se mostrou improvável. Ao final, a explicação mais aceita foi a presença de poeira ao redor da estrela.


Exemplo de uma esfera de Dyson.
Imagem Wikimedia

O que torna esta descoberta particularmente interessante é o papel desempenhado pelos cidadãos cientistas. Sem a participação ativa deles, este fenômeno poderia ter sido ignorado. Esta colaboração destaca a importância da participação pública na pesquisa científica.

Atualmente, a equipe de pesquisa, liderada por Daniel Giles do Instituto SETI, está se voltando para a inteligência artificial para analisar os dados do satélite TESS da NASA. O objetivo é identificar anomalias similares na luminosidade de outras estrelas. Esta ferramenta poderosa pode revelar fenômenos ainda não explicados em nosso cosmos e até mesmo tecnossinaturas.

Apesar dos avanços tecnológicos, o olho humano permanece uma ferramenta inestimável nesta busca. A interação entre a inteligência artificial e a análise humana oferece uma nova dimensão à pesquisa astronômia.

Essa pesquisa sobre a estrela de Boyajian e outros fenômenos similares abre portas para futuras descobertas. Enquanto continuamos a observar as estrelas, a colaboração entre tecnologia, ciência e envolvimento humano continua a moldar nossa compreensão do Universo.

A esfera de Dyson: uma estrutura hipotética em escala estelar


A esfera de Dyson é um conceito científico fascinante que pertence mais à ficção científica mas se baseia em princípios físicos sólidos. Imaginada pela primeira vez pelo astrofísico e matemático britânico Freeman Dyson em 1960, essa ideia se enquadra na categoria de megaestruturas hipotéticas.

A esfera de Dyson é concebida como uma imensa estrutura artificial que circundaria completamente uma estrela. O objetivo principal dessa estrutura seria capturar uma grande parte ou toda a energia emitida pela estrela. Em teoria, uma civilização avançada poderia construir tal esfera para atender às suas crescentes necessidades energéticas, explorando assim a energia estelar de forma máxima.

Na cultura popular e na ficção científica, a esfera de Dyson é frequentemente representada como uma casca sólida, embora essa representação se desvie das ideias de Dyson. O projeto original de Dyson não descrevia uma casca sólida, mas sim um enxame de estruturas orbitando ao redor da estrela, cada uma coletando energia e a transmitindo para a civilização que a criou. Esta configuração permitiria evitar problemas relacionados à estabilidade de uma casca rígida.

Na realidade, a construção de uma estrutura como essa representaria um desafio tecnológico e material colossal, muito além de nossas capacidades atuais. O conceito da esfera de Dyson continua sendo uma fonte de inspiração na busca por indícios da existência de civilizações extraterrestres avançadas. Astrônomos às vezes usam esse conceito para explicar fenômenos astronômicos incomuns, embora, até agora, nenhuma prova concreta de sua existência tenha sido encontrada.
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