Internet quântico: um marco importante atingido

Em um laboratório da Universidade de Stony Brook, uma equipe de físicos acaba de atingir um marco crucial para a concretização de um internet quântico.

Este avanço é baseado na utilização de memórias quânticas em temperatura ambiente, um elemento essencial para o desenvolvimento das redes quânticas do futuro. Sua pesquisa, publicada na revista npj Quantum Information, demonstra a viabilidade de uma medida fundamental de rede quântica, marcando assim um progresso significativo no campo da comunicação e cálculo quânticos.


O internet quântico, uma visão futurista da conectividade, promete revolucionar nosso sistema de internet atual ao oferecer uma segurança aprimorada e capacidades de processamento de informação até então inigualáveis. Diferente do internet clássico, ele se baseará no estado quântico das partículas e no emaranhamento quântico para transmitir informações de maneira praticamente inviolável.

O principal desafio a ser superado para alcançar esse internet do futuro reside na criação de repetidores quânticos eficientes. Esses dispositivos permitem manter o emaranhamento quântico ao longo de longas distâncias, constituindo as pedras angulares de uma rede quântica mundial. O experimento conduzido pela equipe de Stony Brook concentrou-se no desenvolvimento e caracterização de memórias quânticas operando em temperatura ambiente, uma inovação importante que reduz significantemente os custos e complexidades associadas às tecnologias quânticas que necessitam de temperaturas próximas do zero absoluto.

Realizando um teste de interferência de Hong-Ou-Mandel, os pesquisadores conseguiram demonstrar que suas memórias quânticas em temperatura ambiente eram capazes de armazenar e depois restituir qubits ópticos sem alterar significativamente seu estado, facilitando assim o emaranhamento à distância dos fótons. Essa conquista abre caminho para a criação de redes de repetidores quânticos em grande escala, essenciais para o surgimento do internet quântico.

A importância deste avanço é destacada pelo professor Eden Figueroa, líder desta pesquisa, que já visualiza os próximos passos: o desenvolvimento de fontes de emaranhamento compatíveis com essas memórias quânticas e a criação de mecanismos que permitam indicar a presença de fótons armazenados através da rede.

O potencial do internet quântico para transformar nossa forma de comunicar, calcular e analisar dados é imenso. A inovação de Stony Brook, com suas memórias quânticas funcionando em temperatura ambiente, representa um marco importante no caminho sinuoso, mas promissor, em direção a essa revolução tecnológica.