Lançamento da missão chinesa Chang'e 6, com o objetivo de trazer um pedaço do lado oculto da Lua

Publicado por Adrien,
Fonte: Nature
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A China está avançando em seu programa de exploração espacial com sua missão robótica Chang'e 6, que tem como objetivo histórico trazer amostras do lado oculto da Lua pela primeira vez.


A bacia do Polo Sul-Aitken é a área azul no centro desta imagem em cores falsas.
Crédito: NASA/GSFC/Universidade do Arizona

O lado oculto da Lua apresenta características muito diferentes do lado visível. A maior parte dessa região não possui as planícies basálticas, conhecidas como mares, que cobrem cerca de um terço do lado visível. Isso levanta questões sobre as forças geológicas atuantes.

Chang'e 6 foi lançada do sítio de lançamento espacial de Wenchang, na China, e tem como objetivo pousar na cratera Apollo, dentro da bacia do Polo Sul-Aitken, um dos maiores crateras de impacto do Sistema Solar. Esta missão é de grande importância, pois poderia esclarecer aspectos obscuros da história lunar, incluindo as condições primitivas da Lua e os impactos maciços sofridos tanto por ela quanto pela Terra há vários bilhões de anos.

Esta missão complexa inclui quatro componentes principais: um orbitador lunar, um módulo de pouso, um veículo de ascensão e um módulo de reentrada na Terra. O módulo de pouso deverá coletar cerca de 2 quilogramas de material lunar, tanto na superfície quanto em profundidade. Essas amostras serão então enviadas ao orbitador para serem trazidas de volta à Terra, numa viagem total que deve durar 53 dias.


Esquema das diferentes fases da missão de retorno de amostras lunares Chang'e 6.
Crédito: CNSA

Chang'e 6 não é apenas uma sequência tecnológica da missão Chang'e 5, que trouxe amostras do lado visível da Lua em 2020. Ela marca um marco importante, pois é a primeira vez que amostras são coletadas do lado oculto da Lua, com os desafios tecnológicos associados, e retornadas à Terra.

Essa ambição não é isolada, pois a China planeja estabelecer uma presença humana na Lua com a construção de uma estação de pesquisa internacional, prevista para a década de 2030, em colaboração com seus parceiros. Isso faz parte de uma nova corrida à Lua, onde China e Estados Unidos (com o programa Artemis) visam estabelecer bases habitadas próximas ao polo sul lunar.
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