Nos próximos meses, um fenômeno astronômico espetacular iluminará o céu noturno: a nova recorrente T Coronae Borealis brilhará tanto quanto a estrela Polar.
Situada a 3.000 anos-luz da Terra, esta estrela oferece uma oportunidade única de testemunhar uma explosão maciça visível a olho nu, na constelação da Coroa Boreal. Esse evento, observável a cada 80 anos aproximadamente, resulta de uma interação explosiva entre duas estrelas de um sistema binário, prometendo uma observação inesquecível para os astrônomos amadores.
Visão artística de uma anã branca capturando matéria de sua parceira gigante vermelha. Crédito: NASA/CXC/M.Weiss
O sistema é composto por uma anã branca e uma gigante vermelha, no final de sua vida, cuja troca de matéria desencadeia periodicamente uma explosão nuclear fulminante.
Essas novas recorrentes são raras, com apenas cerca de dez conhecidas em nossa galáxia e suas vizinhas. Sua particularidade está em uma dança gravitacional apertada, onde a matéria expelida pela gigante vermelha se acumula na anã branca até desencadear uma reação termonuclear.
Este evento foi observado pela primeira vez em 1866 e reapareceu em 1946. Este ano marcará assim pelo menos a terceira vez que a humanidade poderá testemunhá-lo. Os pesquisadores, incluindo Sumner Starrfield da Universidade Estadual do Arizona, aguardam ansiosamente por esta nova, trabalhando arduamente para prever as descobertas resultantes.
O telescópio espacial James Webb, entre outros instrumentos, voltará sua atenção para esta explosão estelar, embora sua beleza possa ser apreciada sem equipamento avançado. Basta olhar em direção à Coroa Boreal para ser testemunha desta nova.