O sono não é apenas uma pausa, é uma atividade essencial para o corpo e o cérebro. Durante a noite, nosso organismo aproveita esse tempo para reparar suas células, recompor suas reservas de energia e fortalecer o sistema imunológico. É como se nosso corpo entrasse na oficina de manutenção para colocar todas as peças em ordem.
Mas é no nosso cérebro que o sono desempenha um papel ainda mais importante. Enquanto dormimos, as memórias do dia são organizadas, classificadas e armazenadas em nossa memória de longo prazo. Conexões neurais se fortalecem, outras se enfraquecem. Esse processo nos ajuda a aprender, resolver problemas e ser mais criativos.
O sono é composto por ciclos que alternam entre diferentes fases. O sono profundo de ondas lentas, onde o corpo se regenera, e o sono REM (movimento rápido dos olhos), onde a atividade cerebral se assemelha quase à do estado de vigÃlia e onde ocorrem nossos sonhos mais vÃvidos. Cada ciclo dura cerca de 90 minutos e se repete várias vezes por noite.
Não dormir o suficiente tem efeitos rápidos: queda na concentração, alterações de humor, enfraquecimento do sistema imunológico. A longo prazo, a falta crônica de sono aumenta os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes e até distúrbios mentais. Por isso, os cientistas geralmente recomendam de 7 a 9 horas de sono por noite para um adulto, e muito mais para crianças e adolescentes.
As causas da nossa necessidade de sono também estão ligadas à nossa evolução. Os ritmos biológicos, sincronizados com o ciclo dia-noite, influenciam nossa temperatura corporal, nossos hormônios e nosso estado de alerta. O sono permite economizar energia nos momentos em que é menos eficiente procurar comida ou agir: à noite, para espécies diurnas como nós.
Na realidade, dormir é tão vital quanto comer ou respirar. É um momento em que corpo e mente trabalham juntos nos bastidores para que acordemos em plena forma.