Este misterioso objeto poderia ser o Planeta Nove? 🪐

Publicado por Adrien,
Fonte: arXiv
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Uma equipe de astrônomos acredita ter identificado um candidato sério para um nono planeta em nosso Sistema Solar. Este objeto, localizado muito além de Netuno, poderia revolucionar nossa compreensão da vizinhança cósmica.

Os pesquisadores analisaram dados arquivados de dois satélites agora desativados, IRAS e AKARI, em busca de movimentos incomuns. Entre os candidatos identificados, um ponto luminoso se destaca por sua consistência nas imagens infravermelhas. Esta descoberta, embora preliminar, reacende o debate sobre a existência de um planeta gigante desconhecido.


O objeto identificado apresenta características que poderiam corresponder às de um planeta distante. No entanto, alguns especialistas, como Mike Brown da Caltech, permanecem céticos. Segundo seus cálculos, a órbita deste objeto estaria muito inclinada para ser a do Planeta Nove inicialmente previsto.

O estudo, publicado no arXiv e aceito pelas Publications of the Astronomical Society of Australia, não constitui uma prova definitiva. Os autores reconhecem a necessidade de observações adicionais para confirmar a natureza e a órbita deste objeto misterioso.

A busca pelo Planeta Nove é motivada por anomalias observadas nas órbitas de objetos transnetunianos. Alguns cientistas atribuem essas irregularidades à presença de um planeta ainda desconhecido, enquanto outros propõem explicações alternativas.

Se existir, o Planeta Nove seria um gigante gelado, orbitando muito longe do Sol. Sua detecção direta representa um desafio técnico, devido à sua distância e baixa luminosidade. O futuro observatório Vera C. Rubin poderá trazer respostas nos próximos anos.

Enquanto isso, a comunidade científica permanece dividida sobre a interpretação dos dados atuais. A descoberta de um novo candidato reaviva o interesse por este enigma astronômico, mas apenas uma confirmação observacional poderá encerrar o debate.

O que é o Cinturão de Kuiper?


O Cinturão de Kuiper é uma região do Sistema Solar localizada além da órbita de Netuno. Ele abriga milhares de pequenos corpos gelados, sendo Plutão o representante mais conhecido.

Esta zona é considerada um vestígio da formação do Sistema Solar. Os objetos que a compõem, chamados de objetos transnetunianos, oferecem pistas valiosas sobre as condições que existiam há 4,6 bilhões de anos.

O estudo do Cinturão de Kuiper também ajuda a entender melhor a dinâmica do Sistema Solar. As órbitas de alguns de seus membros apresentam anomalias que poderiam ser explicadas pela influência gravitacional de um planeta ainda desconhecido.

O Cinturão de Kuiper também é um alvo privilegiado para missões espaciais. A New Horizons, após sobrevoar Plutão em 2015, explorou outro objeto desta região, Arrokoth, em 2019.

Como se detecta um planeta distante?


A detecção de um planeta localizado nos confins do Sistema Solar baseia-se em vários métodos indiretos. A análise de perturbações gravitacionais em objetos conhecidos é uma das mais promissoras.

Os telescópios infravermelhos também desempenham um papel crucial. Eles permitem detectar o fraco calor emitido por esses corpos gelados, invisível no espectro luminoso tradicional.

Os arquivos de missões espaciais constituem outro recurso valioso. Ao comparar imagens tiradas com anos de intervalo, os astrônomos podem identificar movimentos suspeitos.

As futuras instalações, como o observatório Vera C. Rubin, deverão revolucionar essa busca. Sua capacidade de escanear vastas porções do céu com sensibilidade inédita oferece novas esperanças de descoberta.
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