Júpiter já foi duas vezes maior: descubra porquê 🪐

Publicado por Adrien,
Fonte: Nature Astronomy
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Júpiter, o maior planeta do nosso Sistema Solar, esconde um passado bem diferente da sua aparência atual. Um estudo recente revela características surpreendentes do planeta na sua juventude.

Os investigadores descobriram que Júpiter já teve aproximadamente o dobro do volume atual. O seu campo magnético também era 50 vezes mais poderoso, segundo os cálculos publicados na Nature Astronomy. Estes resultados oferecem pistas valiosas sobre a formação dos planetas.


Imagem Wikimedia

A equipa de Konstantin Batygin usou um método inovador para traçar a história de Júpiter. Ao estudar as órbitas das luas Amalteia e Tebe, conseguiram estimar o tamanho e a rotação iniciais do planeta. Esta abordagem evita as incertezas dos modelos tradicionais.

Os dados sugerem que Júpiter podia conter mais de 2.000 Terras no seu volume inicial. Com o tempo, o planeta perdeu calor e contraiu-se. Hoje, continua a ser o maior planeta do Sistema Solar, capaz de acomodar 1.321 Terras.

O estudo destaca o papel central de Júpiter na formação do Sistema Solar. A sua massa e campo magnético influenciaram a distribuição da matéria em torno do jovem Sol. Estas condições moldaram a arquitetura atual do nosso sistema planetário.

Os investigadores consideram estes resultados como um ponto de referência para compreender a evolução do Sistema Solar. Esperam que estas descobertas guiem futuros estudos sobre a formação de planetas gigantes.

Como é que as luas de Júpiter revelam o seu passado?


As luas Amalteia e Tebe, embora pequenas, desempenharam um papel crucial neste estudo. As suas órbitas ligeiramente inclinadas permitiram aos investigadores traçar a posição histórica de Io, a lua mais próxima de Júpiter.

Esta informação ajudou a determinar a borda interna do disco circumplanetário de Júpiter. Ao compreender este disco, os cientistas conseguiram estimar a velocidade de rotação inicial de Júpiter.

O princípio da conservação do momento angular foi depois aplicado. Isto permitiu calcular o tamanho original de Júpiter, demonstrando a importância dos pequenos corpos celestes na compreensão dos gigantes gasosos.

Porque é que o campo magnético de Júpiter era tão poderoso?


O campo magnético de Júpiter é gerado pelos movimentos de condutividade elétrica no seu interior, composto principalmente por hidrogénio metálico. Na sua juventude, o planeta era maior e mais quente, o que aumentava estes movimentos.

Este campo magnético colossal provavelmente influenciou a formação dos outros planetas do Sistema Solar.

Com o tempo, o arrefecimento de Júpiter reduziu a sua atividade interna, enfraquecendo o seu campo magnético. Esta evolução mostra como as propriedades dos planetas mudam radicalmente em escalas de tempo cosmológicas.
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