Descoberta de um segundo sistema de aprendizagem no cérebro

Publicado por Adrien,
Fonte: Nature
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Uma equipe de pesquisadores da University College London acaba de revelar um segundo sistema de aprendizagem no cérebro que esclarece a formação dos hábitos.

Os pesquisadores do Sainsbury Wellcome Centre identificaram duas maneiras diferentes de aprender por tentativa e erro. Essa descoberta, publicada na Nature, pode mudar nossa compreensão dos comportamentos compulsivos e dos vícios.


Eles identificaram um sinal nunca observado antes, produzido pela dopamina, chamado de "erro de previsão de ação" (APE). Ao contrário do sinal habitual que avalia a recompensa, o APE mede a frequência de ações repetidas. Graças a esses dois sistemas, o cérebro pode aprender tanto privilegiando o que traz mais benefícios quanto repetindo o que é mais frequente.

Os experimentos utilizaram um teste auditivo para observar os neurônios relacionados ao movimento dos camundongos. Os resultados mostram que os camundongos sem a parte posterior do estriado são incapazes de atingir um alto nível. Isso significa que o APE assume o controle durante as fases avançadas de aprendizagem.

Essa descoberta abre perspectivas interessantes para o tratamento de vícios. Ao atuar no sistema de hábitos, seria possível substituir comportamentos prejudiciais por outros mais saudáveis. As implicações para a doença de Parkinson também são importantes, especialmente para explicar por que certos movimentos automáticos são afetados.

Os cientistas agora querem entender como os dois sistemas de aprendizagem interagem. Conhecer melhor esses mecanismos pode levar a novas terapias para distúrbios comportamentais e doenças neurodegenerativas.

Como a dopamina influencia nossos hábitos?


A dopamina é uma molécula chave no cérebro, ligada ao prazer e à motivação. Ela desempenha um papel essencial na formação de hábitos, sinalizando erros de previsão de recompensa e de ação.

Os pesquisadores descobriram que ela age de maneira diferente dependendo se se trata de uma recompensa esperada ou de uma ação repetida. Essa diferença explica por que alguns hábitos são tão difíceis de mudar, mesmo quando não são mais recompensadores.

Esses avanços ajudam a entender melhor os mecanismos dos vícios. Ao direcionar precisamente os sinais dopaminérgicos, seria possível imaginar novos tratamentos para mudar comportamentos.
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