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O recorde absoluto na Terra
A temperatura do ar mais alta já registrada oficialmente é de 56,7 °C. Ela foi medida em Furnace Creek, no Vale da Morte (Califórnia, EUA), em 10 de julho de 1913. Esse recorde às vezes é contestado, mas permanece como a referência oficial. Temperaturas próximas também foram observadas no Kuwait, no Iraque ou no Irã nos últimos anos.
Atenção: esse número se refere ao ar, medido a 1,5 metro do solo, à sombra. Mas no solo, a temperatura pode ser muito mais alta. Por exemplo, a areia do deserto pode ultrapassar 75 °C, e algumas rochas escuras podem até chegar perto de 90 °C!
Existe um limite natural?
Em teoria, não há uma temperatura máxima "fixa" que a Terra nunca poderia ultrapassar. Tudo depende do local, da altitude, do tipo de solo, da umidade e, claro, do clima global. Se as emissões de gases de efeito estufa continuarem a aumentar, esses extremos podem se tornar mais frequentes e intensos.
O corpo humano não suporta bem esses calores extremos. Acima de 35 °C, o risco de insolação aumenta fortemente, especialmente se o ar estiver úmido. A partir de 40-42 °C de temperatura ambiente, torna-se muito difícil regular nossa temperatura interna, mesmo suando.
Em alguns casos, o "termômetro úmido" (que considera tanto o calor quanto a umidade) ultrapassa 35 °C — um limite crítico além do qual até uma pessoa saudável, à sombra, pode morrer de hipertermia.
Um futuro mais quente?
Com as mudanças climáticas, as zonas muito quentes estão se expandindo. Regiões que não enfrentavam temperaturas extremas há 30 anos hoje batem recordes a cada verão. É um sinal claro de que nosso planeta está esquentando — e que precisamos nos adaptar, mas também agir para limitar esse aquecimento.