đŸ©ș A NASA vai usar uma IA para tratar seus astronautas

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Nasa
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A ideia de um mĂ©dico virtual viajando com os astronautas nĂŁo pertence mais apenas Ă  ficção cientĂ­fica. As futuras missĂ”es lunares e marcianas podem muito bem embarcar uma ferramenta inĂ©dita de assistĂȘncia mĂ©dica.

As agĂȘncias espaciais questionam-se sobre como garantir a saĂșde das tripulaçÔes quando o retorno Ă  Terra Ă© impossĂ­vel. A telemedicina atinge rapidamente seus limites no espaço. De fato, uma missĂŁo Ă  Lua pode causar um atraso de 10 segundos para uma ida e volta de rĂĄdio, e atĂ© 45 minutos para Marte. Nessas condiçÔes, Ă© impossĂ­vel obter respostas imediatas em caso de emergĂȘncia.


É por essa razĂŁo que a NASA, que prepara o programa Artemis, optou por colaborar com a Google para testar um dispositivo de inteligĂȘncia artificial capaz de ajudar a diagnosticar e tratar doenças diretamente no local.

Um assistente médico digital projetado para o espaço


O projeto tem o nome de Crew Medical Officer Digital Assistant (ou CMO-DA). Esta ferramenta pertence à família dos sistemas de apoio à decisão clínica, jå utilizados em hospitais. Sua particularidade reside na sua autonomia e capacidade de adaptação às condiçÔes espaciais.

O assistente baseia-se nas tĂ©cnicas de processamento automĂĄtico de linguagem e na aprendizagem automĂĄtica. Foi treinado numa vasta base de documentos mĂ©dicos relacionados a voos espaciais. O objetivo Ă© fornecer uma anĂĄlise imediata do estado de saĂșde dos astronautas.

Os designers especificam que o sistema não substitui um médico. Visa antes orientar um membro da tripulação designado como responsåvel médico. As decisÔes baseiam-se assim em dados e em previsÔes fundamentadas em sintomas descritos em tempo real.

Testes promissores em diferentes cenĂĄrios


SimulaçÔes mĂ©dicas jĂĄ foram realizadas para avaliar a eficĂĄcia da ferramenta. TrĂȘs situaçÔes foram testadas: uma dor abdominal, uma lesĂŁo no tornozelo e uma otite. Os resultados mostraram uma boa precisĂŁo diagnĂłstica, com uma taxa de atĂ© 88% dependendo do caso (74% para as dores abdominais, 80% para a otite e 88% para a lesĂŁo no tornozelo).

As avaliaçÔes basearam-se no quadro OSCE, utilizado na formação médica para medir a capacidade de um profissional em estabelecer um diagnóstico. O assistente foi considerado capaz de raciocinar de forma confiåvel perante diferentes sintomas.

Médicos e até um astronauta participaram desta fase de teste. O seu retorno permitiu orientar as melhorias do sistema, nomeadamente em matéria de raciocínio clínico e plano de tratamento.
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