A ideia dessa missão remonta a 1972, quando o Dr. George Carruthers havia colocado uma câmera ultravioleta primitiva na Lua durante a missão Apollo 16. Embora as imagens obtidas tenham sido espetaculares, o fÃsico havia compreendido que elas mostravam apenas parte do fenômeno. O novo observatório, equipado com tecnologias de imageamento ultravioleta cinquenta vezes mais avançadas, possui tanto um imageador de grande campo para capturar o conjunto da geocoroa quanto um imageador próximo para estudar suas interações detalhadas.
Os dados coletados por essa missão poderiam revolucionar nossa compreensão da habitabilidade dos planetas. Ao estudar como a Terra perde seu hidrogênio no espaço, os cientistas poderão identificar melhor os exoplanetas capazes de conservar sua água lÃquida. O observatório deverá começar suas observações cientÃficas em março próximo e funcionar por pelo menos dois anos, realizando assim o sonho de um visionário da exploração espacial.
O ponto L1, destino do Observatório Geocoroa Carruthers, situa-se diretamente entre a Terra e o Sol. Essa posição oferece a vantagem única de ter uma visão permanente da nossa estrela enquanto observa continuamente a face iluminada do nosso planeta. Muitos observatórios solares e meteorológicos espaciais utilizam essa posição privilegiada.
O estudo desse escape de hidrogênio reveste-se de importância capital para a busca de vida extraterrestre. Ao compreender os mecanismos que regem a retenção ou a perda desse elemento em diferentes planetas, os astrônomos podem avaliar melhor quais mundos são suscetÃveis de conservar oceanos lÃquidos por perÃodos geológicos.
Os dados do Observatório Carruthers permitirão quantificar precisamente essa taxa de perda e compreender como ela varia com a atividade solar. Essas informações servirão de referência para avaliar a habitabilidade dos exoplanetas descobertos ao redor de outras estrelas, tornando essa missão uma ferramenta preciosa na busca de mundos semelhantes ao nosso.