E se a eletricidade curasse nossas feridas infectadas? ⚡

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Device
Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
A luta contra infecções cutâneas pode não depender de antibióticos. Pesquisadores estão explorando uma solução radical: impulsos elétricos direcionados.

Um patch inovador, aplicado diretamente sobre a pele, seria capaz de eliminar bactérias sem impacto para o ser humano. Esse procedimento seria tão discreto quanto eficaz.


Vista artística

A equipe da Universidade de Chicago desenvolveu um patch bioeletrônico. Ele emite fracos impulsos elétricos que neutralizam bactérias nocivas da pele, como o Staphylococcus epidermidis.

Inofensiva em seu estado natural, essa bactéria torna-se perigosa ao penetrar no organismo por feridas ou após uma cirurgia. Ela pode causar infecções sanguíneas graves.

Os tratamentos atuais dependem amplamente de antibióticos. No entanto, o uso excessivo desses fármacos contribuiu para o surgimento de cepas resistentes, tornando as infecções mais difíceis de tratar.

Para avaliar sua abordagem, os pesquisadores utilizaram patches de 1 milímetro, equipados com eletrodos de ouro. Esses eletrodos emitem pequenos impulsos imperceptíveis ao paciente.

Após 18 horas de testes em pele de porco, os resultados foram claros: uma redução de 90% das bactérias foi observada nas áreas tratadas.


Além de inibir a proliferação bacteriana, essa técnica impede a formação de biofilmes. Esses aglomerados tornam as bactérias ainda mais resistentes e favorecem infecções graves.

A próxima etapa? Testar essa inovação em outras bactérias problemáticas e preparar os ensaios pré-clínicos. Esta solução bioeletrônica pode, um dia, revolucionar o tratamento de infecções cutâneas.

Como funciona um patch elétrico contra bactérias?


Este patch utiliza uma tecnologia bioeletrônica para entregar leves impulsos elétricos. Esses impulsos direcionam-se especificamente ao Staphylococcus epidermidis, uma bactéria cutânea presente naturalmente na pele. Essa estimulação elétrica, embora mínima e indetectável ao ser humano, modifica a atividade da bactéria, impedindo-a de se multiplicar ou de formar biofilmes.

O patch atua eficazmente em ambiente ácido, semelhante ao pH natural da pele humana. Em um ambiente ácido, o S. epidermidis torna-se mais sensível aos impulsos elétricos, o que aumenta a eficácia desta tecnologia.

O que é um biofilme bacteriano e por que ele é problemático?


Um biofilme é uma estrutura protetora formada por bactérias. Essas comunidades aglomeram-se e produzem uma substância viscosa que as isola de ameaças externas, como os antibióticos. Isso as torna muito mais resistentes aos tratamentos convencionais e pode agravar as infecções.

Na pele, os biofilmes facilitam a proliferação de bactérias, tornando as infecções mais persistentes e mais difíceis de tratar. Devido a essa resistência aumentada, as infecções podem evoluir para complicações graves, caso não sejam controladas de forma eficaz.
Página gerada em 0.132 segundo(s) - hospedado por Contabo
Sobre - Aviso Legal - Contato
Versão francesa | Versão inglesa | Versão alemã | Versão espanhola