A SpaceX desenvolverá um veículo especial de desorbitação para realizar essa missão delicada. A estação, com 110 m de comprimento, 74 m de largura e 30 m de altura, entrará na atmosfera a mais de 27.500 km/h antes de mergulhar no oceano. Este projeto faz parte da estratégia da NASA para promover futuras destinações comerciais e manter a exploração do espaço próximo à Terra, segundo Ken Bowersox, administrador associado da Direção de Missões de Operações Espaciais da NASA.
Desde seus primeiros módulos lançados em 1998, a ISS recebeu astronautas de vários países, conduzindo mais de 3.300 experimentos científicos em órbita baixa. No entanto, problemas técnicos recorrentes e vazamentos marcaram o seu envelhecimento. Além disso, os contratos das agências espaciais participantes, estabelecidos após a Guerra Fria, expiram em 2030.
A estação também é ameaçada pelos crescentes detritos espaciais, como evidenciado pelo incidente de 27 de junho passado. Astronautas tiveram que se refugiar na cápsula Boeing Starliner após um satélite russo fragmentado ameaçar a ISS. Felizmente, as operações puderam ser retomadas normalmente após uma hora.
A data exata da desorbitação da ISS ainda está por ser determinada. Embora 2030 esteja registrado no orçamento da NASA, Steve Stich, responsável pelo programa de voos comerciais no Centro Espacial Johnson, afirma que as operações poderiam se prolongar. A ISS continuará suas atividades até que as estações espaciais comerciais planejadas, como a Axiom Station da Axiom Space e a Orbital Reef da Blue Origin e Sierra Space, estejam operacionais.
A divisão dos custos e responsabilidades entre as cinco agências espaciais para a desorbitação da ISS permanece incerta. Em 2001, a Rússia conseguiu realizar a reentrada atmosférica da estação Mir, cujos fragmentos caíram no Pacífico. Este precedente pode oferecer lições valiosas para a missão futura.